
O que antes era motivo de piada virou motivo de preocupação global: os carros elétricos chineses estão dominando o mercado internacional em ritmo acelerado.
Dados divulgados pela Administração Geral de Alfândegas da China mostram que, apenas em novembro, as exportações de EVs do país cresceram 87% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O destaque do mês foi o México, que viu um salto impressionante de 2.367% nas importações desses veículos, totalizando 19.344 unidades apenas em novembro.
Embora os números não detalhem os modelos envolvidos, o compacto BYD Dolphin Mini é apontado como um dos grandes responsáveis pela explosão de vendas no país vizinho.
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Com apenas 3,78 metros de comprimento, o modelo oferece motor dianteiro de 74 cv, torque de 13,8 kgfm e baterias de 30,1 ou 38,8 kWh, com autonomia de até 380 km no ciclo NEDC.

Além do México, os mercados que mais compraram EVs chineses no mês foram Indonésia (17.503 unidades) e Tailândia (13.517), reforçando a força da China no continente asiático.
A Ásia, aliás, permanece como o maior destino dos carros elétricos da China, com 110.061 unidades exportadas só em novembro — alta de 71%.
Em termos acumulados, o continente já importou quase 1 milhão de EVs chineses em 2025.
A Europa vem em segundo lugar, com 604.105 veículos recebidos até novembro, crescimento de 12% em relação a 2024.
O Reino Unido registrou alta de 113% só em novembro, com 9.096 unidades importadas no mês.
Já a Bélgica continua sendo o principal ponto de entrada desses modelos no continente, com 195.309 unidades recebidas até novembro, embora o número represente queda de 15% em relação ao ano anterior.
Na América Latina, o avanço também é claro: o México desponta como principal mercado e se transforma em uma porta de entrada para os EVs chineses no Ocidente.
Esse crescimento incomoda governos e fabricantes tradicionais da Europa, que já vêm discutindo barreiras comerciais contra os carros vindos da China.
A ironia, porém, é que algumas medidas adotadas para conter essa expansão acabaram facilitando ainda mais o avanço chinês em solo europeu.
Enquanto isso, marcas como BYD, MG e outras gigantes asiáticas seguem ampliando sua presença com preços agressivos e modelos eficientes.
Com domínio da cadeia de produção de baterias, capacidade de escalar rapidamente e foco em mercados emergentes, a China parece imparável na corrida global dos veículos elétricos.
E, neste momento, o Ocidente assiste à mudança do mercado com crescente inquietação — mas sem uma resposta clara para conter o avanço.
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