O Grupo Volkswagen enfrenta enormes dificuldades para encontrar uma solução para sua fábrica da Audi em Bruxelas, e o fechamento da unidade agora é uma possibilidade real.
Segundo comunicado oficial da empresa, a busca por um comprador para o local foi encerrada depois que um potencial investidor do setor de veículos comerciais retirou seu interesse.
A falta de um comprador deixou a montadora focada em negociar um programa de demissão com os funcionários da planta, que atualmente emprega cerca de 3.000 pessoas.
Um grupo de trabalho criado para encontrar usos alternativos para a instalação também não conseguiu identificar uma solução viável para o futuro imediato da fábrica ou para manter a maior parte dos postos de trabalho.
Em outubro, o diretor de operações da Audi, Gerd Walker, comentou que nenhum dos 26 potenciais investidores apresentou uma proposta sólida e sustentável para o futuro da fábrica.
Em setembro, o jornal belga *De Tijd* chegou a noticiar que a fabricante chinesa de EVs, Nio, estava interessada em adquirir o local, mas nenhuma oferta foi formalizada.
Além disso, uma busca interna da VW para avaliar novas possibilidades de produção ou outras utilizações para a planta também não trouxe resultados.
Em julho, a Volkswagen já havia mencionado a possibilidade de encerrar a unidade de Bruxelas devido à baixa demanda por seus veículos elétricos de alto padrão, como o SUV de luxo Audi Q8 E-tron, cuja produção será encerrada em fevereiro.
Com a queda na procura por EVs, modelos acessíveis em falta e concorrentes tecnologicamente avançados como Tesla e BYD, o grupo alemão está enfrentando um dos programas de corte de custos mais rigorosos dos últimos anos.
A Volkswagen também está avaliando fechar algumas de suas fábricas na Alemanha, um movimento histórico que rompe três décadas de garantias de segurança no emprego para seus trabalhadores no país.
O fechamento da planta de Bruxelas pode marcar o início de uma série de mudanças no grupo, que visa reduzir a capacidade de produção, principalmente em suas unidades alemãs, para se adaptar ao novo cenário competitivo e financeiro.
Enquanto isso, a Audi está reestruturando divisões internas para acelerar o lançamento de novos modelos e reduzir a burocracia nas decisões.
A marca também mantém seus planos de ingressar na Fórmula 1 a partir de 2026, apostando em novos mercados e estratégias para fortalecer sua imagem e competitividade.
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