A Toyota e outras empresas do setor automotivo estão apostando no hidrogênio, não como reagente químico em células de combustíveis, mas como combustível para queimar nas câmaras de combustão de motores de ciclo Otto, Miller ou Atkinson.
A ideia vem ganhando força entre os automóveis, mas agora são os fabricantes de caminhões a apostar no hidrogênio como combustível no lugar do diesel em motores a combustão.
Não é de hoje que algumas marcas de caminhões apostam em combustíveis alternativos ao diesel e sabemos que desde o álcool etílico hidratado até o gás natural veicular, muito se foi feito para criar uma opção ao derivado de petróleo.
Agora, marcas como Volvo e MAN estão testando motores a combustão com hidrogênio no lugar de diesel. Fabricantes como a Nikola e sua parceira europeia, a italiana Iveco, apostam em células de combustíveis de hidrogênio.
Só que essa tecnologia é custosa, uma vez que basicamente é um veículo elétrico com uma usina de energia eletroquímica para alimentar as grandes baterias e o motor elétrico do caminhão, sendo abastecidos ainda por hidrogênio líquido.
Por isso, na Alemanha, empresas do setor querem o hidrogênio nos motores comuns, o que manteria a cadeia de produção de peças e componentes, além da fabricação de motores a combustão por muito tempo.
Mas, quem, além das duas, está fazendo isso? Reiner Roessner, vice-presidente de vendas da divisão de motores da MAN Truck & Bus SE, responde enfaticamente: “Todo mundo está trabalhando nisso”.
Roesnner continua: “Assim que o hidrogênio estiver disponível, a demanda por combustão de hidrogênio aumentará.” Ele se refere ao hidrogênio verde, obtido de fontes renováveis, garantindo o tão almejado carbono neutro na cadeia de produção.
A MAN entregará 200 caminhões para empresas parceiras nos próximos anos e a Volvo planeja iniciar a produção de caminhões abastecidos por hidrogênio a partir de 2026. A sueca, todavia, aposta que não será a maioria das vendas, mas serão substanciais.
Uma empresa do Canadá, a Westport Fuel Systems, fornecerá à Europa, 6 mil kit de conversão de motores a GNV e biogás, que poderão assim queimar hidrogênio.
Praticamente todos os fabricantes de caminhões da Europa possuem veículos com motores desse tipo, inclusive no Brasil. Queimar hidrogênio parece um meio mais rápido e barato de baixar as emissões de CO₂ no transporte que as células de combustível.
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