As temperaturas amenas do inverno em Tucson, no Arizona, não são suficientes para evitar que o Hyundai Tucson, SUV que leva o nome da cidade, enfrente uma situação de risco extremo.
A montadora sul-coreana anunciou o recall de 51.587 unidades do modelo fabricadas entre 2022 e 2024, todas equipadas com o pacote opcional de reboque.
O motivo é um defeito no chicote elétrico, posicionado em um local propenso à infiltração de água.
Quando a umidade atinge o módulo de controle do chicote, pode ocorrer um curto-circuito, o que representa risco de falha nas luzes do reboque ou até nas luzes de freio do veículo.
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Se os freios forem acionados e o carro atrás não perceber, o risco de colisão aumenta significativamente.
Mas o perigo não se resume à sinalização. Em casos mais graves, o curto pode gerar aquecimento e até incêndio na parte traseira do SUV.
Por isso, embora a Hyundai não tenha proibido o uso dos veículos, recomenda aos proprietários que estacionem os Tucsons afastados de estruturas ou construções até que o reparo seja feito.
O recall, no entanto, só começará oficialmente na segunda quinzena de fevereiro de 2026.
A preocupação se estende também a 1.338 kits de reboque vendidos separadamente para instalação manual, sem ligação direta com a linha de produção.
Essas instalações caseiras representam um desafio extra para a Hyundai, que agora precisa identificar quais veículos receberam o componente fora das concessionárias.
Esse não é um caso isolado. A Hyundai vem enfrentando uma série de problemas relacionados a chicotes elétricos nos últimos meses.
Em outubro, a empresa convocou 136 mil unidades do Santa Fe por falha na vedação da capa de proteção do chicote do motor de partida.
Já em novembro, outros 143 mil SUVs dos anos 2024 e 2025 foram incluídos em um recall devido a falhas na câmera de ré.
Enquanto o conserto não acontece, a orientação aos motoristas do Tucson é clara: podem dirigir, mas estacionem longe de casas, garagens e outras estruturas — por precaução.
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