A Faraday Future tem grandes ambições para o futuro — e um histórico recente que não inspira confiança alguma.
A marca americana, que prometia revolucionar o mercado de carros elétricos com o luxuoso FF 91, agora diz estar preparando uma nova linha popular chamada FX.
A gama deve incluir um crossover FX 6, uma minivan FX Super One e até um modelo de entrada, o FX 5, prometido por preços entre US$ 20 mil e US$ 30 mil.
Mas os números mais recentes revelam uma realidade bem menos animadora: a empresa entregou apenas dois carros em todo o primeiro trimestre de 2025.
Sim, dois.
E, apesar disso, a Faraday comemorou o “aumento de sua base de clientes” e a “entrada oficial no mercado da Costa Leste”, já que uma das unidades foi entregue em Nova York.
É o tipo de otimismo que beira o desespero — e talvez com razão.
Os resultados financeiros da empresa escancaram o abismo entre o discurso e os fatos. Nos primeiros três meses do ano, a receita com vendas e leasing somou apenas US$ 300 mil.
Para piorar, a empresa teve um prejuízo líquido de nada menos que US$ 48,2 milhões no mesmo período. Enquanto isso, as despesas continuam a se acumular, e o caixa da Faraday Future sangra num ritmo preocupante.
Ainda assim, os planos não param. A empresa continua promovendo sua futura linha FX como uma alternativa viável e acessível ao público, embora a credibilidade esteja cada vez mais desgastada.
A minivan FX Super One, por exemplo, teria recebido um pedido de 1.000 unidades da JC Auto, mas, segundo o próprio relatório da empresa, esse número “pode ser tão baixo quanto dois”.
O mesmo acontece com um acordo para 300 vans com a Sky Horse Auto, que, na prática, pode significar apenas um pedido — ainda que com um depósito não reembolsável de US\$ 30 mil.
Com esse cenário, não é exagero dizer que a Faraday Future se encontra em uma encruzilhada.
De um lado, promessas grandiosas, uma linha de produtos crescente e investimentos em novos segmentos; do outro, uma realidade que inclui vendas quase nulas, prejuízos milionários e expectativas que encolhem cada vez mais.
A dúvida que fica é se a marca sobreviverá tempo suficiente para cumprir ao menos parte do que promete — ou se sua aposta no futuro já nasceu no vermelho.
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