
O FBI formou uma força-tarefa em conjunto com o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) para investigar uma onda crescente de vandalismo e incêndios criminosos em lojas e estações de carregamento da Tesla.
A medida surge em meio a uma escalada de ataques direcionados à empresa e a seu CEO, Elon Musk, motivados, segundo autoridades, por tensões políticas e pela proximidade de Musk com o ex-presidente Donald Trump.
A força-tarefa será responsável por coordenar ações entre agências federais e autoridades locais, diante do aumento de casos considerados violentos e organizados. Desde janeiro, foram registrados incidentes em pelo menos nove estados norte-americanos, de acordo com informações divulgadas na última sexta-feira.
Nesta semana, a polícia de Austin, cidade onde fica a sede da Tesla, encontrou dispositivos incendiários em uma das lojas da montadora. O FBI não confirmou oficialmente se participa diretamente dessa investigação específica.

O diretor do FBI, Kash Patel, usou a rede social X (antigo Twitter) na segunda-feira para anunciar que a agência está intensificando a resposta às ações contra a Tesla. “Os responsáveis serão perseguidos, capturados e levados à justiça”, declarou.
Embora Patel não tenha detalhado como a nova força-tarefa difere das ações já em curso, o objetivo é reforçar o combate a esses atos com maior integração entre os órgãos federais.
A primeira notícia sobre a criação da força-tarefa foi publicada pelo New York Post, que afirmou que o grupo contará com cerca de dez agentes das duas agências envolvidas. O FBI, por sua vez, não confirmou oficialmente esse número.
O contexto político é um elemento central na escalada dessas ocorrências. Musk tem sido alvo de críticas intensas, especialmente por parte de opositores ao ex-presidente Trump, com quem mantém uma relação próxima.

Juntos, Musk, Trump e alguns congressistas republicanos têm classificado os atentados contra a Tesla como uma forma de “terrorismo doméstico”.
Apesar da forte repercussão dos casos envolvendo veículos incendiados ou lojas danificadas, analistas apontam que os maiores prejuízos para a Tesla podem estar fora das manchetes, afetando a operação da empresa de forma menos visível — como interrupções na rede de carregamento ou custos extras com segurança e infraestrutura.
Enquanto os ataques seguem sendo investigados, a Tesla continua sob os holofotes não só por sua relevância no mercado automotivo, mas também como símbolo de uma polarização política que parece longe de esfriar.
A atuação do FBI e da ATF indica que, ao menos do ponto de vista das autoridades federais, os eventos não são pontuais — e a resposta também não será.

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