FCA: processo indica defeito no motor Tigershark 2.4

A FCA pode enfrentar um problema tão grave quanto o desligamento repentino do motor Tigershark Multiair 2.4. O fabricante ítalo-americano recebeu uma ação no Tribunal Federal do Distrito Leste de Michigan, alegando defeito no propulsor citado.

De acordo com a ação judicial, protocolada pela agência de advocacia Hagens Berman, o motor Tigershark Multiair 2.4 tem alto consumo de óleo lubrificante, o que poderia provocar seu desligamento durante o funcionamento (não o travamento), colocando em risco a segurança dos ocupantes e de terceiros.

Segundo a agência, “os proprietários desses veículos têm medo de paradas repentinas e inesperadas, e são deixados de mãos vazias pelos concessionários e técnicos da FCA que continuam a ignorar esse sério risco à segurança”.

A acusação de que o Tigershark 2.4 tem problema é bem grave, uma vez que milhões de unidades teriam sido introduzidas em diversos modelos do grupo, inclusive na Fiat Toro.

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A lista de carros que teriam o mesmo problema, segundo a ação judicial, inclui os modelos Chrysler 200 (2015-2016), Dodge Dart (2013-2016), Fiat 500X (2016-2020), Fiat Toro (2017-2020), Jeep Cherokee (2014-2020), Jeep Compass (2017-2020), Jeep Renegade (2015-2020) e Ram ProMaster City (2015-2020).

O que se sabia até agora sobre esse motor é que sua introdução na estreia da atual geração do Jeep Cherokee foi bem problemática, tendo adiamento de lançamento e produção, por incompatibilidade técnica com o câmbio ZF 9HP de nove marchas.

Os relatos de proprietários de modelos com esse motor dizem que um sistema de proteção detecta o baixíssimo nível de óleo e assim procede o desligamento do propulsor, a fim de protege-lo de um travamento mecânico.

Um dos depoimentos fala de alerta de falta de óleo com pouco mais de 4.800 km rodados, quando teria baixado para 3/4 do volume normal.

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Muitos clientes alegam que a FCA deveria ter introduzido um alerta de baixo nível de óleo, evitando assim o desligamento do motor em condições de rodagem.

Na denúncia, o texto diz: “Em vez de ser honesta sobre esses problemas, a FCA se empenhou em escondê-los descrevendo os defeitos como ‘normais’ em um boletim de serviço técnico”.

O processo visa uma compensação financeira para os clientes afetados pelo problema e uma multa para a montadora, que pode ter que desembolsar milhões de dólares, além da chamada para revisão de toda a frota.

No Brasil, a Fiat Toro passou por recall relacionado com baixo nível de óleo, mas foi na antiga versão diesel manual.

Num vídeo abaixo, um proprietário mede o nível do lubrificante e se mostra preocupado com a situação. Em outro, comenta o procedimento da Fiat:

[Fonte: Carscoops ]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X