
A Ferrari anunciou que irá aumentar os preços de seus modelos vendidos nos Estados Unidos após a decisão do governo americano de elevar o imposto de importação de 2,5% para 25%.
O novo tributo, que entra em vigor em 3 de abril, afetará diretamente montadoras que fabricam seus veículos fora dos EUA, como a Ferrari, que produz todos os seus automóveis em Maranello, na Itália.
O impacto dessa tarifa já se faz sentir no setor automotivo global, com fornecedores alertando para aumentos imediatos de preços e riscos de cortes de empregos em países com forte indústria automobilística.
Em resposta, segundo a Reuters, a Ferrari confirmou que aplicará um reajuste de até 10% nos valores dos modelos importados após 2 de abril, em alinhamento com sua rede de concessionárias.

Entretanto, os pedidos realizados antes dessa data e os modelos 296, SF90 e Roma, independentemente da data de importação, manterão os preços atuais.
Apesar da nova barreira comercial, a Ferrari reafirmou suas metas financeiras para 2025, estabelecidas no mês passado.
No entanto, admitiu que a nova tarifa pode afetar sua lucratividade, reduzindo em até 50 pontos-base as margens EBIT e EBITDA.
Mesmo assim, a empresa mantém sua previsão de margem EBIT de pelo menos 29% e margem EBITDA de 38,3% para o próximo ano.

A mudança imposta pelos EUA reforça um cenário de incerteza para fabricantes europeias e asiáticas, que agora precisam repensar suas estratégias de preço e produção para continuar competitivas no maior mercado automotivo do mundo.
A Ferrari, reconhecida por sua exclusividade e demanda estável, tem maior flexibilidade para reajustar valores sem grande impacto na procura, mas outras montadoras podem não ter a mesma vantagem.
Nesse caso, mesmo sendo um aumento de até 10%, os clientes da Ferrari não se incomodarão em pagar mais para ter seus bólidos com o cavalino rampante.
Para fabricantes de alto luxo, o impacto será menor, já que seus produtos são de altíssimo valor agregado e o rico americano não abrirá mão de luxo, poder e status…

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