Se você está por perto do túmulo de Enzo Ferrari, o site Top Gear sugere que você se afaste, pois rumores divulgados pela publicação britânica indicam que a lendária F40, último modelo aprovado por Enzo, poderá ganhar uma reinterpretação modernizada.
Fontes próximas à marca indicam que o novo modelo deve integrar a linha “Icona” da Ferrari, composta por edições limitadas que reimaginam clássicos com materiais e tecnologias de ponta, mas sem o toque “retrô” – um termo proibido em Maranello, quase tanto quanto “SUV”.
Seguindo a tradição das Monza SP1/SP2, baseadas na 812 Superfast, e da Daytona SP3, inspirada nos protótipos esportivos dos anos 60 e derivada da LaFerrari (sem componentes elétricos), a “F40 modernizada” se encaixaria como o terceiro ícone dessa série.
As edições limitadas anteriores da Icona – com preços de £1,4 milhões para a Monza e £1,7 milhões para a Daytona, cada uma com centenas de unidades pré-vendidas antes de serem reveladas ao público – foram grandes sucessos financeiros.
Assim, uma releitura da F40 não só atrai os colecionadores, como é uma aposta segura para lucros milionários, ainda que com potencial para dividir a opinião dos puristas.
Ao que tudo indica, a Ferrari estava observando de perto a reação ao ressurgimento do Lamborghini Countach, que gerou um misto de críticas, inclusive do próprio designer original, Gandini.
Porém, a marca agora parece pronta para assumir o risco e homenagear a F40 em grande estilo.
Para os fãs atentos, a Ferrari já testou o terreno com a SP38 Deborah em 2018, um modelo único inspirado na F40, encomendado por um cliente que pediu o famoso spoiler baixo e uma tampa do motor com fendas.
Baseada na 488 GTB e com motor V8 biturbo, a SP38 chamou atenção, mas a sensação era de que a Ferrari ainda hesitava em explorar completamente o legado de seu ícone.
Desta vez, espera-se uma conexão mais forte com a F40 original: um spoiler traseiro em estilo “estante de livros”, entradas NACA no capô e o característico nariz quadrado.
Sob o capô, é provável que o modelo utilize uma configuração semelhante à SF90, especialmente a SF90 XX, mas sem os motores elétricos – como na Daytona SP3.
Isso deixaria apenas um motor V8 biturbo de 4.0 litros e 786 cv nas rodas traseiras, remetendo ao comportamento arisco e visceral dos supercarros de décadas passadas.
Com produção restrita e destinação certa aos colecionadores mais fiéis, o ressurgimento da F40 em uma versão moderna é uma jogada que combina nostalgia e inovação, sem abrir mão do desafio de agradar aos fãs mais exigentes e aos novos apaixonados pela marca.
[Fonte: Top Gear]
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