O novo projeto da Ferrari, a F80, já está sendo aclamado como um dos maiores hipercarros da marca italiana, e com razão.
Com uma potência impressionante de 1.183 cv e um motor híbrido V6 altamente turbinado, o F80 se destaca por romper com a tradição ao abandonar o clássico motor V12 em prol da tecnologia mais avançada disponível.
Essa escolha tem gerado polêmica, especialmente porque o carro será comparado diretamente com o McLaren W1, que entrega 1.258 cv e um motor V8, com uma diferença de preço de mais de 1 milhão de dólares em favor do concorrente britânico.
Enrico Galliera, diretor de marketing e comunicações da Ferrari, explicou a decisão de optar pelo motor V6 em vez do V12 icônico.
Segundo ele, a Ferrari sempre optou pela configuração de motor com melhor desempenho em seus supercarros, como ocorreu com o Ferrari F40, que utilizava um V8 biturbo em vez de um V12.
Galliera afirmou, em entrevista para a Auto Express: “Perguntamos se usaríamos o motor mais icônico [o V12] ou o de melhor desempenho [o V6], e decidimos pelo de maior performance. Isso é algo que sempre fizemos com nossos supercarros”.
Embora a ideia de um motor elétrico ou híbrido plug-in tenha sido cogitada, a Ferrari optou por manter o equilíbrio entre desempenho e tecnologia híbrida, afirmando que “esta é a melhor solução técnica no momento”.
Essa solução inclui um motor V6 de 3.0 litros com 120 graus, completamente personalizado, que sozinho gera 887 cv.
A tecnologia híbrida também conta com cinco motores elétricos para auxiliar no desempenho e outros quatro motores que controlam a suspensão ativa do carro, tornando o sistema extremamente complexo.
Mesmo com o motor V6, a F80 não economiza em sofisticação e exclusividade. Comparado ao McLaren W1, o Ferrari tem um preço acima de 3 milhões de dólares, e, embora a potência do McLaren seja superior, a Ferrari acredita que a competição é saudável para o mercado de hipercarros.
“Do ponto de vista comercial, estamos empolgados que a McLaren tenha trazido um supercarro semelhante, porque isso gera competição”, comentou Galliera.
Apesar das comparações com o W1, a demanda pelo F80 foi estrondosa. Dos 799 exemplares que serão produzidos, todos já foram vendidos para os clientes mais fiéis da Ferrari, com uma lista de espera de clientes desapontados que não conseguiram garantir uma unidade.
Isso demonstra que, mesmo com a mudança no tradicional motor V12, a Ferrari continua a manter sua base de fãs leais e apaixonados, sempre ávidos por inovação e desempenho de ponta.
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