Nem mesmo uma Ferrari de mais de R$ 6 milhões está livre de passar por um recall.
A marca italiana notificou as autoridades dos Estados Unidos de que será necessário recolher 541 unidades do Purosangue, seu primeiro e polêmico SUV, por conta de uma falha elétrica que pode afetar diretamente o sistema de frenagem.
Todas as unidades produzidas entre 2023 e fevereiro de 2025 estão envolvidas no chamado — ou seja, literalmente todos os exemplares do modelo vendidos até agora no mercado norte-americano.
O problema surgiu inicialmente na China, quando o proprietário de um Purosangue percebeu um alerta no painel sobre o sistema de freios e, na sequência, notou uma redução na capacidade de frenagem.
Ao investigar o caso, os engenheiros da Ferrari identificaram que a caixa de fusíveis pode encostar na proteção para os pés do passageiro, provocando um curto-circuito.
Embora nenhum acidente, lesão ou morte tenha sido registrado, a montadora decidiu agir antes que a falha se torne algo mais sério — afinal, estamos falando de um carro com mais de 700 cavalos de potência.
A solução encontrada para o problema é simples, mas emblemática: será instalada uma peça plástica entre a fonte de alimentação da caixa de fusíveis e o apoio dos pés do passageiro, evitando qualquer contato acidental.
A Ferrari garante que as unidades produzidas a partir de fevereiro já saíram de fábrica com essa correção, embora afirme que a mudança foi apenas para “alinhar” o processo de montagem das versões com volante à esquerda com as de volante à direita.
A convocação oficial aos proprietários e concessionárias será feita no dia 21 de setembro, e quem já fez o reparo de forma particular poderá solicitar reembolso.
Para um modelo que nasceu cercado de controvérsias — o ex-CEO da Ferrari chegou a dizer que “teria que ser morto” antes de autorizar a produção de um SUV —, o Purosangue segue desafiando os puristas.
Mas agora, além das discussões sobre design e proposta, ele também precisa lidar com um problema real de segurança. Se você é dono de um dos 541 exemplares afetados, melhor agendar logo uma visita à concessionária — ou pedir ao motorista que leve o carro até lá.
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