A Ferrari nunca quis entrar na moda, bem diferente da Fiat, mas parece que chegou um momento em que o fabricante de Maranello não tem para onde correr… Por isso, uma patente da marca italiana com um motor bem distinto não é algo para nos surpreendermos.
A surpresa, sim, é em relação ao formato e combustível usado, no caso sendo um seis cilindros em linha abastecido com hidrogênio, com dois turbocompressores.
Acostumados com motores em V de seis, oito ou doze cilindros, um seis em linha da Ferrari parece indigesto. Este propulsor tem dois tanques de hidrogênio nos lados, assim como um intercooler com as duas turbinas conectadas.
O mais estranho disso tudo, no entanto, é a posição do motor nas imagens de patente. Note que as vistas da planta do motor estão de cabeça para baixo. Teria sido um erro ou simplesmente ele trabalharia invertido?
Bom, como um motor que queima hidrogênio, a Ferrari conseguiria manter a combustão em dia com emissão zero e ainda dar aos clientes um motor de sempre, sem precisar eletrificar parcial ou totalmente.
Feito isso, com os reservatórios apropriados, uma Ferrari a hidrogênio só contrariaria os mais puristas. Seja como for, a patente pode ser também uma simples proteção de direitos, o que na marca italiana significa alcance em qualquer lugar no mundo.
Então, para os que já estão desesperados diante de uma Ferrari seis em linha a hidrogênio, a calma pode reinar novamente, pelo menos até onde a marca do cavalino rampante conseguir manter seus motores a combustão numa Europa eletrificada.
Por ora, os combustíveis sintéticos parecem a primeira linha de defesa da Ferrari, assim como os modelos híbridos plug-in que virão, mas a hidrogênio como combustível seria a última linha para se evitar converter a marca numa Rimac italiana. Ou melhor, numa Pininfarina…
[Fonte: Auto Guide]
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!