
A gigante chinesa BYD acaba de cravar seu nome na história da indústria automotiva ao ultrapassar oficialmente a Tesla na liderança global de vendas de veículos 100% elétricos (BEVs).
Segundo dados compilados pelo blogueiro automotivo chinês Tongkuai Shuchang, a BYD alcançou a marca de 1,605 milhão de unidades vendidas até o final do terceiro trimestre de 2025.
Com este número, ela acaba superando com folga os 1,217 milhão de unidades da empresa de Elon Musk no mesmo período. A diferença já chega a impressionantes 388 mil veículos.
No terceiro trimestre sozinho, a BYD entregou 582.500 carros elétricos, um recuo leve de 4% em relação ao trimestre anterior, mas ainda assim um avanço expressivo de 31,4% na comparação ano a ano.
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A Tesla, por sua vez, entregou 497.100 unidades no mesmo período — número que superou as expectativas do mercado e representou crescimento de 29,4% trimestre a trimestre, mas apenas 7,4% frente ao ano passado.
Desde que ultrapassou a Tesla pela segunda vez no final de 2024, a BYD manteve a dianteira por quatro trimestres consecutivos, sinalizando que a liderança não é passageira, mas sim parte de uma tendência consolidada.
E tudo indica que a distância só vai aumentar.
De acordo com a consultoria Counterpoint Research, a BYD deve encerrar 2025 com 15,7% de participação no mercado global de veículos elétricos puros, consolidando seu domínio no setor e deixando para trás o que, até pouco tempo, era considerado um monopólio da Tesla.
A mudança de cenário também tem um forte componente geopolítico.

Nos Estados Unidos, a retirada dos subsídios federais de US$ 7.500 para EVs, válida a partir de outubro, fez com que muitos consumidores antecipassem a compra de seus veículos, impulsionando temporariamente os números da Tesla no terceiro trimestre.
Mas com o fim do incentivo, espera-se que a fabricante norte-americana perca fôlego, ampliando ainda mais a vantagem da rival chinesa no fechamento do ano.
Mesmo com um tíquete médio mais baixo que o da Tesla, a BYD vem demonstrando capacidade industrial agressiva, alta competitividade de preços e ampla aceitação nos mercados asiáticos e emergentes — fatores decisivos para sua escalada global.
E isso sem mencionar sua diversificação de portfólio, que abrange desde modelos urbanos até SUVs premium, todos 100% elétricos.
O resultado é claro: em 2025, a coroa dos carros elétricos mudou de mãos. A Tesla, por mais que ainda represente um nome de peso e inovação no setor, já não reina sozinha.
A era da supremacia chinesa nos BEVs começou — e promete se intensificar nos próximos anos.
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