
A Mercedes-Benz está reconfigurando silenciosamente sua estratégia no mercado de veículos elétricos.
E os primeiros a sentir esse novo direcionamento serão o EQE Sedan e o EQE SUV, dois modelos que terão sua produção encerrada já em 2026, apenas quatro anos após o lançamento.
A medida antecipa a extinção da atual identidade “EQ”, sinalizando uma nova fase para a eletrificação da marca.
A decisão de interromper a produção veio junto com o cancelamento do facelift de meio de ciclo que estava programado para ambos.
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A atualização traria melhorias importantes na plataforma EVA, como a esperada arquitetura de 800V, inversor de carboneto de silício e novos motores elétricos eATS2.
Esses avanços, agora, serão aplicados diretamente aos modelos EQS Sedan e EQS SUV, os elétricos topo de linha da marca.
Segundo informações do site britânico Autocar, os modelos substitutos já têm cronograma definido.
Em 2026, a Mercedes lançará o C-Class com Tecnologia EQ, que servirá como ponte tecnológica entre a atual geração e os futuros modelos baseados na nova arquitetura elétrica da marca, a MB.EA-M.

Já o novo GLC com Tecnologia EQ, que será apresentado no Salão de Munique, assumirá temporariamente o papel do SUV elétrico médio.
O verdadeiro sucessor direto do EQE Sedan, no entanto, já tem nome e data: trata-se do futuro E-Class com Tecnologia EQ, previsto para chegar ao mercado em 2027. Fontes ligadas à montadora confirmaram que o projeto já está em desenvolvimento.
Apesar disso, a Mercedes ainda se recusa a confirmar oficialmente o fim da produção dos modelos EQE, alegando que não comenta “especulações sobre produtos atuais ou futuros”.
Lançados em 2022, tanto o EQE Sedan quanto o SUV passaram por atualizações relevantes, com ganho de capacidade de bateria, melhorias na eficiência e introdução de tecnologias como desacoplamento do eixo traseiro para reduzir perdas de energia.

O EQE Sedan é fabricado na Alemanha, enquanto o SUV é produzido nos Estados Unidos, embora a produção americana ainda enfrente instabilidades.
Com o encerramento antecipado da produção, as fábricas terão espaço e tempo para serem reconfiguradas e adaptadas às exigências dos novos modelos baseados na arquitetura MB.EA-M.
A mudança reflete não apenas um ajuste técnico, mas também uma revisão de imagem: a Mercedes está gradualmente se afastando da nomenclatura EQ para adotar uma identidade mais alinhada com os nomes tradicionais que já carregam prestígio na linha a combustão.
Se os planos se confirmarem, o fim do EQE marca o início de uma nova geração de elétricos mais integrados à herança da marca — mais poderosos, eficientes e sem a confusão de nomes que marcaram a fase inicial da eletrificação da Mercedes-Benz.

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