Fim de uma era: O sedã Nissan Versa deixa de ser vendido após quase duas décadas de mercado nos Estados Unidos

Um dos carros mais acessíveis e reconhecíveis do mercado norte-americano está oficialmente com os dias contados.

A Nissan anunciou o fim da produção do Versa nos Estados Unidos, encerrando uma trajetória marcada por praticidade, baixo custo e… bastante anonimato.

De acordo com comunicado oficial da marca, a fabricação do modelo será encerrada em dezembro de 2025, marcando o fim da linha para um dos últimos subcompactos ainda disponíveis no país.

Atualmente vendido apenas na versão sedã, o Versa já foi oferecido como hatch e figurou por anos como uma das opções mais baratas do mercado americano.

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Com isso, o último carro de menos de 20.000 dólares (R$ 110 mil) por lá sai de cena, deixando apenas alternativas mais caras.

O anúncio foi feito por Josh Clifton, gerente sênior de comunicação de produto da Nissan, que destacou o foco da marca em continuar oferecendo modelos acessíveis como o Sentra e o Altima, além do SUV compacto Kicks.

Na prática, o fim do Versa representa mais um passo na extinção dos carros de entrada tradicionais nos Estados Unidos, pressionados pela preferência crescente por SUVs e pelo aumento dos custos de produção.

Apesar de não ser exatamente amado pelos entusiastas, o Versa conquistou seu espaço com um público específico: motoristas que buscavam o básico, locadoras de veículos e quem precisava de transporte econômico e discreto.

Com sua mecânica simples e desempenho modesto, ele era o tipo de carro que entregava exatamente o que prometia — e nada além disso.

Para muitos, o Versa representava o último bastião de um tempo em que ainda era possível comprar um carro novo sem comprometer metade da renda anual.

Sua saída deixa o caminho aberto para que outros modelos disputem o posto de carro mais barato dos EUA, título que, ao menos por enquanto, deve passar para o Kia K4, com preço inicial estimado em US$ 23.385 (R$ 128 mil).

Curiosamente, o próprio Nissan Sentra, considerado o substituto natural dentro da linha da marca, custa apenas US$ 500 a mais, o que pode indicar uma tentativa da Nissan de manter alguma competitividade no segmento de entrada — mesmo que ele esteja cada vez mais espremido.

O fim do Versa também simboliza a transformação do mercado americano, que se afasta dos carros compactos em nome de utilitários, tecnologia e status.

Mas para quem já alugou um, usou como primeiro carro ou simplesmente procurou um meio de transporte simples e confiável, o Versa cumpriu sua missão.

E como tantos outros modelos que saem de cena discretamente, o Nissan Versa deixa uma lacuna invisível, mas importante, no coração de quem só queria chegar do ponto A ao ponto B gastando o mínimo possível.