
A Ford acaba de ultrapassar a impressionante marca de 104 recalls apenas nos nove primeiros meses de 2025, disparando na liderança de um ranking nada desejado pela indústria automotiva.
Para efeito de comparação, a segunda colocada, a FCA (Fiat Chrysler Automobiles), soma 21 recalls no mesmo período.
Sim, você leu certo: a Ford teve, nos Estados Unidos, quase cinco vezes mais recalls do que sua concorrente mais próxima.
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A situação fica ainda mais alarmante quando comparamos com o restante da indústria.
Somando todos os recalls de FCA, Volkswagen, GM, Mercedes, Honda e Hyundai, o número total chega a 77 — ainda 27 a menos que os 104 da Ford.

A leva mais recente de chamados envolve desde luzes que piscam até falhas em sistemas de segurança e câmeras de ré. Veja os principais destaques:
F-150 (2022): Mais de 22 mil unidades da picape estão sendo chamadas por conta de luzes de posição que podem piscar ao ligar os faróis. O reparo envolve atualização do software do módulo de LED — e, em alguns casos, substituição do componente.
Mustang (2024): Um único exemplar está sendo convocado após um reparo anterior ter causado falhas no painel de instrumentos, que pode deixar de funcionar durante a condução. A correção será feita com uma simples atualização de software.
Lincoln Nautilus (2024-2025): 102 unidades voltam para as concessionárias por causa de uma falha no sistema de reversão automática dos vidros, que pode não funcionar ao detectar obstáculos, como o dedo de um passageiro. A solução envolve a reinstalação dos softwares corretos nas portas.
Lincoln Corsair (2020-2022): Um total de 41.875 SUVs está sendo chamado para substituição da câmera de ré e do chicote elétrico, pois a entrada de água no conector pode fazer com que a imagem não seja exibida corretamente.

Embora nem todos os chamados envolvam riscos diretos à vida dos ocupantes, o volume de problemas é um forte sinal de problemas sistêmicos na produção e no controle de qualidade da Ford.
Além disso, alguns dos recalls mais recentes são, na verdade, tentativas de corrigir recalls anteriores que falharam, o que indica falhas também nos processos de reparo.
Mesmo em um setor onde problemas pontuais são comuns, o número atingido pela Ford é incomparável com o restante da indústria — e começa a levantar questionamentos sérios sobre o impacto desses erros para a confiança dos consumidores e a reputação da marca.
A montadora ainda não se pronunciou oficialmente sobre o recorde, mas com essa tendência, não seria surpresa se a marca batesse 120 recalls antes do fim do ano.
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