A Ford estava de olho na Tesla e não apenas nas vendas da marca de carros elétricos de Elon Musk, mas na tecnologia que permite aos veículos do fabricante do Texas de “entender” o mundo à sua volta.
Diante disso, a montadora de Dearborn decidiu iniciar um projeto para criar um “cérebro eletrônico” para uma nova arquitetura de carros elétricos que dominaria o futuro da marca do oval azul.
Todavia, segundo a Reuters, três fontes familiarizadas com o assunto revelaram que a Ford cancelou o projeto desse software que conseguiria muitas coisas a bordo de futuros carros da marca.
Conhecido internamente como FNV4 (sigla em inglês para veículo totalmente conectado em rede), o tal “cérebro” seria um equivalente do chip do FSD da Tesla, que também está na cabeça do robô Optimus.
Segundo o que se sabe, a Ford teria investido pesado no projeto, ou seja, uma cifra que, pela descrição, deve ser bem vultosa, visando cortar custos, melhorar a qualidade e adicionar recursos rentáveis em veículos elétricos e também movidos a gasolina.
Custos crescentes e atrasos acabaram por motivar o cancelamento do projeto e não a virada de mesa do governo americano diante dos carros elétricos, uma vez que a tecnologia seria aplicada também aos carros convencionais.
A Ford se pronunciou sobre o assunto, dizendo que “absorverá o que aprendeu no desenvolvimento do FNV4 em seu sistema de software atual e continuará focada em fornecer uma arquitetura elétrica avançada com sua equipe chamada skunkworks”.
O termo acima é uma referência ao grupo de trabalho secreto da Lockheed Martin, que desenvolve tecnologias consideradas classificadas pela Casa Branca.
Essa ‘skunkworks’ da Ford está localizada na Califórnia e visa desenvolver tecnologias críticas para carros elétricos e outros produtos.
Em nota, a Ford disse: “Estamos comprometidos em oferecer experiências de veículos totalmente conectados em toda a nossa linha, independentemente do trem de força, enquanto muitos outros no setor estão trazendo a tecnologia mais avançada apenas para veículos elétricos”.
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