
A Ford se vê novamente no centro de um grande problema de segurança automotiva.
A montadora americana anunciou o recall de número 110, só deste ano de 2025. Sim, acredite se quiser.
E dessa vez estão envolvidos aproximadamente 1,9 milhão de veículos em todo o mundo devido a falhas recorrentes nas câmeras de ré, em uma crise que já se arrasta há anos e que agora atinge proporções ainda maiores.
Segundo comunicado oficial divulgado no dia 9 de setembro, os modelos afetados são de anos 2015 a 2019 e incluem veículos populares como Mustang, Edge, Expedition, Ranger e várias versões da linha F-Series, além dos utilitários Transit e Transit Connect.
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Também entram na lista os modelos de luxo Lincoln MKC e Navigator. O defeito pode causar imagens invertidas, distorcidas ou simplesmente ausentes no visor da câmera de ré, comprometendo a segurança em manobras.

Apenas nos Estados Unidos, cerca de 1,45 milhão de unidades precisarão ser reparadas. No Canadá, são mais de 122 mil, e outros 300 mil veículos estão espalhados por diversos mercados globais.
A montadora já contabiliza mais de 44 mil reclamações formais relacionadas ao defeito, além de 18 acidentes registrados – felizmente, sem relatos de feridos até o momento.
O reparo será feito pelas concessionárias autorizadas, que deverão inspecionar e, se necessário, substituir o módulo da câmera traseira.
Esse novo chamado acontece poucos meses após a Ford ter feito um recall específico de 160 mil veículos da linha 2015 pelo mesmo problema.
A situação levanta ainda mais suspeitas, especialmente porque a montadora já havia sido multada em novembro do ano passado em US$ 165 milhões por não ter realizado recalls anteriores de forma oportuna.
A punição veio após uma investigação conduzida pela NHTSA (agência americana de segurança veicular), que começou a analisar o caso em 2021, após um primeiro recall de 620 mil veículos feito em 2020.
Desde então, o número de veículos afetados só cresceu. Houve ampliação do recall em 2022 e uma nova extensão em março de 2024, adicionando mais 24 mil unidades à lista.
Agora, o novo chamado parece indicar que o problema nunca foi totalmente resolvido e que a falha de qualidade persiste mesmo após anos de correções prometidas.
Para complicar ainda mais, a fornecedora canadense Magna International, responsável por parte das câmeras utilizadas nos veículos da Ford e também da Stellantis, anunciou que vai recolher mais de 250 mil unidades do componente defeituoso.
Isso sugere que o problema pode ser ainda mais amplo e afetar outros fabricantes além da Ford.
Com essa nova leva de recalls, a montadora precisa mais do que nunca restaurar a confiança do consumidor e provar que aprendeu com os erros.
Afinal, um componente aparentemente simples como a câmera de ré pode se transformar em um enorme pesadelo corporativo quando negligenciado por tanto tempo.
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