A imposição de tarifas elevadas nos EUA estaria atrapalhando até mesmo o comércio internacional que não envolve diretamente os states, porém, uma montadora encontrou uma forma de driblar essa situação.
A Ford sempre envia carros feitos no México para o mercado canadense e vice-versa, porém, para que isso aconteça, ela precisa fazer os trens e caminhões cortarem os EUA.
Todavia, teoricamente, veículos em trânsito não são taxados quando atravessam um terceiro país, no caso os EUA, porém, para que isso possa ocorrer, a saída é utilizar uma transportadora alfandegada.
Trata-se de uma empresa de transporte que possui autorização especial da alfândega para movimentar mercadorias sob controle aduaneiro num país terceiro, que não receberá os produtos levados.
Isso significa que a transportadora pode levar cargas importadas sem que elas sejam imediatamente desembaraçadas (liberadas para o mercado), permitindo assim cruzar um território sem dar entrada fiscal e burocrática.
Lá nos EUA, paga-se uma fiança para se fazer esse traslado, mas mesmo assim, no final das contas, a Ford economiza muito dinheiro com a operação, como disse Kumar Galhotra, chefe de operações da montadora.
Todavia, os que vão para o mercado americano acabam por pagar 25% de imposto de importação, o que a Ford diz que lhe trará um prejuízo de US$ 1,5 bilhão.
Ainda assim, não devemos confiar que ficará apenas nisso, afinal, a Ford não quer ver outra “Ford do Brasil” dentro de sua casa e por isso certamente eliminará o prejuízo com aumento de preços.
Isso já vem acontecendo e não somente na Ford, mas em outras marcas, especialmente aquelas que só importam, como a Subaru, que anunciou alta nos valores.
Não tem jeito, a conta sempre acabará no consumidor, de uma forma ou de outra… A tendência do aumento já é esperada e como os clientes já sabem disso, provavelmente acabarão por aceitar o reajuste para cima.
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