De acordo com a CBS News, funcionários do balcão de locação da Hertz no aeroporto de Syracuse, em Nova York, “abandonaram” seus postos mais cedo, deixando passageiros recém-chegados sem acesso aos carros reservados.
Alguns viajantes, sem outra opção, decidiram pegar veículos que encontraram com as chaves à disposição.
O caso ocorreu em julho e foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens, funcionários da Hertz aparecem deixando o balcão logo após as 19h, embora o atendimento devesse seguir até 1h28 da manhã, uma hora após o último voo do dia.
Um dos funcionários chegou a retornar brevemente por volta das 20h25, mas saiu novamente após cerca de 20 minutos. Estima-se que dezenas de passageiros foram afetados pelo ocorrido, mas não se sabe ao certo quantos pegaram carros sem autorização.
Entre os clientes prejudicados estava o prefeito de Denver, Mike Johnston, o que provavelmente contribuiu para que o incidente ganhasse destaque na mídia nacional.
Johnston, em visita a Syracuse, se deparou com o balcão da Hertz vazio ao desembarcar. “Chegamos e a locadora estava fechada”, contou à CBS News. “Devia haver umas 40 pessoas na mesma situação, esperando para pegar seus carros. Acabamos pegando um que achamos ser o nosso.”
Relatos sugerem que os clientes que saíram com veículos não autorizados poderiam ser acusados de “furto leve”. No entanto, a situação parece um tanto compreensível.
Muitas locadoras permitem que clientes com reservas pré-aprovadas retirem o carro diretamente, sem passar pelo balcão, pelo menos lá no exterior. Em um cenário onde os veículos estão ali à disposição e a locadora está ausente, essa reação se torna quase natural.
A Hertz, conhecida por seu histórico de reportar veículos como roubados enquanto ainda estão na posse dos clientes, possui todos os dados dos usuários, então localizar os carros não seria um problema.
Muitos clientes tentaram contato com a Hertz e com a administração do aeroporto, mas, sem suporte local, foram deixados sem respostas.
Alguns deles, incluindo o próprio prefeito Johnston, foram posteriormente contatados pela empresa, que pediu a devolução dos carros para uma troca pelo modelo correto.
Em meio ao transtorno, essa solicitação pareceu apenas mais um incômodo desnecessário, já que o prefeito já havia sido prejudicado uma vez.
A experiência serve como mais um exemplo da aparente crise de atendimento da Hertz, que, nos últimos anos, acumulou problemas semelhantes.
Enquanto alguns clientes relatam nunca terem tido problemas, o número de incidentes como esse mostra que os casos de mau atendimento podem estar longe de serem uma exceção.
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