Dirigir um carro, para muita gente hoje, é tão automático quanto escovar os dentes. Faz parte do dia a dia, da rotina, quase como um reflexo.
Mas para a geração que nascer entre agora e 2039 – chamada de Geração Beta – isso pode se tornar algo completamente obsoleto. Pelo menos é o que acredita Uri Levine, cofundador do Waze e uma das mentes por trás da revolução dos apps de navegação.
Segundo Levine, os membros dessa nova geração simplesmente não vão dirigir. E mais: seus filhos, os filhos da Geração Beta, talvez nem acreditem que um dia as pessoas precisavam operar manualmente um automóvel.
Para ele, dirigir um carro será tão arcaico quanto lembrar de operadores de elevador – algo impensável hoje.
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Levine defende com firmeza que os robotáxis serão os protagonistas do transporte urbano nas próximas décadas. Em entrevista ao Business Insider, ele afirmou que, em cerca de dez anos, a maioria dos serviços pagos de mobilidade será 100% autônoma.
Em outras palavras, você quase não verá motoristas circulando pelas grandes cidades.
A previsão, se confirmada, deve transformar profundamente o cotidiano. Além de mudar o jeito como nos locomovemos, os robotáxis devem afetar também a logística e até diminuir a dependência de sistemas públicos de transporte, como ônibus e metrôs.
E o argumento que mais atrai os consumidores é o bolso: hoje, a maior parte do valor de uma corrida por aplicativo vai para o motorista.
Se esse custo for eliminado, o preço de uma corrida mais longa nos Estados Unidos pode despencar de 100 dólares para algo em torno de 25. Sem contar o tempo livre que o usuário ganha ao não precisar mais estar ao volante.
Levine vai além e aposta que o conceito de “ir até a loja” pode desaparecer. Vans autônomas com roupas ou calçados poderão bater à porta dos consumidores, tornando desnecessário sair de casa até para experimentar um tênis novo.
Apesar do otimismo, o fundador do Waze reconhece que essa transformação levará tempo. Desde 2020, a Waymo – empresa de carros autônomos do Google – já oferece corridas pagas nos EUA, mas ainda atua em áreas muito restritas.
A maioria dos países sequer tem uma regulamentação clara para serviços como esse, o que significa que a popularização do robotáxi pode demorar décadas.
E aí? Está preparado para entregar o volante a um algoritmo? Ou ainda defende seu câmbio manual com unhas e dentes, como um bastião do século 20?
De qualquer forma, aproveite: as próximas gerações talvez encarem a sua raiva no trânsito como a gente olha para quem brigava por usar um orelhão.
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