Em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o CEO da GAC, Feng Xingya, num encontro reservado, onde o empresário se comprometeu a investir pesadamente no Brasil.
Nos planos da GAC está assumir o controle da antiga fábrica de motores da HPE em Catalão, Goiás, onde a empresa brasileira encerrou a operação da mesma no final de 2024.
As negociações com a HPE estão em andamento e a ideia do fabricante de Guangzhou é assumir a planta ainda este ano e já iniciar as mudanças para produzir aqui os modelos Aion V, Hyper HT, Emkoo.
Segundo o jornal Estadão, estes modelos foram apresentados ao presidente Lula em frente ao hotel onde está hospedado na capital chinesa. O chefe do executivo também foi convidado pela GAC para o lançamento de quatro modelos no país em 23 de maio.
Com investimento de US$ 1,3 bilhão, a GAC espera concluir seu processo de instalação fabril e assim competir com mais força contra BYD e GWM, que ainda não iniciaram suas operações industriais no Brasil, mesmo tendo chegado bem antes.
A GAC é um dos grandes fabricantes de veículos da China e sócio de algumas montadoras conhecidas, como Honda e Toyota, por exemplo.
A proposta da GAC surge como resgate para a instalação da HPE em Goiás, que produz modelos das marcas Mitsubishi e Suzuki, porém, a unidade em que foi encerrada a operação é a de motores.
Nessa instalação, a GAC terá que fazer modificações para produzir sua gama de veículos eletrificados, entre eles um híbrido e dois elétricos.
Assim, a GAC será vizinha da Mitsubishi e da Suzuki, enquanto esta ainda estiver operando por lá, permitindo assim a nacionalização de seu portfólio.
Com isso, a GAC deixa de negociar com a Toyota a aquisição da planta da montadora japonesa em Indaiatuba, interior de São Paulo, que será fechada ao final de 2025 com a transferência da produção do Corolla para Sorocaba.
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