
Motoristas americanos estão finalmente respirando aliviados ao se aproximar dos postos de gasolina — e não é só pelo alívio no bolso.
O preço do combustível caiu para patamares que muitos achavam que nunca mais voltariam a ver.
Segundo a AAA, o valor médio nacional do galão de gasolina comum nos Estados Unidos está em US$ 2,998, o mais baixo desde a primavera de 2021.
Em dezoito estados, o valor está ainda menor: abaixo de US$ 2,75. Em lugares como Oklahoma, o galão já é vendido por menos de US$ 2,50, o que dá uns R$ 3,50 por litro.
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Mas nem todos estão desfrutando do alívio: na Califórnia, por exemplo, os preços seguem acima de US$ 4,50.

A queda vem acompanhada de uma combinação rara: petróleo em baixa, produção interna em alta e demanda praticamente estagnada. O resultado foi uma pressão descendente nos preços que, desta vez, se mostrou duradoura.
O barril de petróleo cru dos EUA está atualmente cotado a cerca de US$ 59, bem abaixo dos US$ 70 registrados no mesmo período do ano passado — e distante do pico de mais de US$ 80 visto em 2022, após o início da guerra na Ucrânia.
O aumento da produção pela OPEP, somado ao crescimento constante da produção americana, ampliou a oferta global. Ao mesmo tempo, a procura por combustíveis não acompanhou esse ritmo.
Esse descompasso entre oferta e demanda abriu caminho para a maior queda nos preços desde o auge da pandemia, quando ruas vazias e carros parados levaram os postos a vender combustível quase às moscas.

A queda nos valores também virou discurso político. O ex-presidente Donald Trump, em campanha para voltar à Casa Branca, tem usado os preços da gasolina como trunfo.
Ele se apresenta como defensor do combustível barato e diz que o galão a US$ 2 “está logo ali na esquina”.
Apesar de os preços estarem mais baixos do que há um ano, analistas lembram que ainda estão cerca de US$ 1 acima da meta simbólica defendida por Trump.
Para muitos, a última vez que isso aconteceu foi em 2020 — quando o país inteiro estava trancado em casa e a demanda despencou.
Para quem mora nos estados centrais dos EUA, como Texas, Oklahoma e Kansas, a gasolina barata virou realidade. Já nas regiões costeiras, especialmente na Costa Oeste, o alívio ainda parece distante.
Se os preços vão continuar caindo ou não, dependerá do equilíbrio entre produção global, geopolítica e consumo interno.
Mas, por enquanto, o galão abaixo de US$ 3 voltou a fazer parte da rotina americana — algo que parecia fora de cogitação até pouco tempo atrás.
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