
A Geely acaba de dar um passo decisivo para reforçar sua posição como referência em segurança veicular — não só na China, mas no mundo todo.
A montadora chinesa inaugurou o maior centro de testes de segurança automotiva do planeta, na cidade de Ningbo, com uma área total de 4,5 hectares e investimento de 2 bilhões de yuans (cerca de R$1,4 bilhão).
O complexo é capaz de realizar testes de colisão em alta velocidade, simulações de clima extremo, avaliações de segurança de baterias e muito mais.
Um dos destaques é a pista de crash test com quase 300 metros de extensão, totalmente coberta, algo raro mesmo entre os maiores centros internacionais.
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Outro ponto impressionante é o túnel de vento interno de 28 mil metros quadrados, projetado para simular chuvas intensas, neve e outras condições adversas.
Segundo a Geely, o objetivo é criar veículos elétricos mais seguros, com padrões que possam influenciar normas globais de segurança.
O centro abriga mais de 60 dummies de diferentes formatos corporais, simulando impactos em homens, mulheres e crianças.
Entre eles está um modelo batizado de Kevin, avaliado em mais de 12 milhões de yuans (cerca de R$8 milhões), equipado com sensores ultrassensíveis para análise de impactos complexos.

Para o chefe do Instituto de Pesquisa da Geely, Li Chuanhai, a pressão por preços baixos e lançamentos rápidos não pode comprometer a segurança.
A fala é uma resposta direta ao cenário atual da indústria automotiva chinesa, marcada por uma guerra de preços e ciclos de desenvolvimento cada vez mais curtos.
Nos bastidores, o governo chinês tem apertado o cerco sobre falhas em veículos elétricos, como as mortes envolvendo modelos da Xiaomi, e está prestes a proibir maçanetas embutidas, como as usadas pela Tesla.
Nos EUA, essas maçanetas estão sendo investigadas por dificultar o resgate de ocupantes em caso de acidente ou pane elétrica.
A Geely, que comprou a Volvo em 2010, aproveita o legado da marca sueca para consolidar sua imagem como líder em segurança.
A própria empresa foi selecionada pelas autoridades chinesas para participar da elaboração do novo padrão nacional de maçanetas externas.
Além do foco em impactos físicos, o novo centro também terá equipes dedicadas a cibersegurança veicular e aos sistemas de assistência à condução, cada vez mais integrados à lógica dos EVs.
Esses sistemas passarão por testes em condições reais e hostis, simulando falhas de software, ataques digitais e comportamentos inesperados.

Com isso, a Geely não só busca proteger os ocupantes em caso de colisão, mas também evitar riscos em situações de instabilidade eletrônica.
O novo centro de Ningbo posiciona a montadora à frente na corrida por padrões globais de segurança, especialmente num momento em que a confiabilidade dos veículos elétricos está sendo questionada.
Para uma indústria em rápida transformação, onde software e bateria são tão importantes quanto aço e airbag, a Geely quer deixar claro: segurança será seu diferencial competitivo.
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