
Mais carvão no fogaréu da guerra de preços na China, onde a BYD decidiu cortar seus preços em 35%, provocando uma onda de protestos de outros fabricantes locais, como a Great Wall Motor, que foi a primeira a reclamar.
Com apoio da Changan, a GWM se posicionou contra a BYD, que respondeu classificando o discurso como sendo “alarmista”, porém, a Geely entrou no assunto, também defendendo o discurso de Wei Jianjun da Great Wall.
Victor Yang, vice-presidente da Geely, postou vídeos nas redes sociais chinesas, dizendo: “Wei Jianjun é uma pessoa genuína e honesta e é o denunciante da nossa indústria”.
A GWM alegou que os carros da BYD não atendem à legislação chinesa e internacional, por usarem tanques de combustível não pressurizados em seus híbridos plug-in Qin Plus e Song Plus.
Isso permite que o líquido interno evapore mais rapidamente do que nos pressurizados, porém, Li Yunfei, gerente geral de marca e relações-públicas da BYD, defendeu a posição da empresa.
Na rede social Weibo, Yunfei escreveu que os tanques não pressurizados usados em seus carros entre 2021 e 2023 estavam conforme os requisitos regulatórios da época, mas acrescentou que a BYD os alterou devido a reclamações de clientes.
A publicação de Li no Weibo sumiu e, segundo a Reuters, nenhuma das montadoras citadas respondeu a pedido de esclarecimentos, tal como o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, aquele que revela os segredos das marcas quase oficialmente…
O MITI convocou as montadoras para uma reunião na semana passada, mas parece que isso não resolveu a questão, dada a atual contenda entre BYD e Geely.
O governo chinês quer que as montadoras locais parem de brigar e encerrem a guerra de preços, enquanto, do outro lado, os revendedores querem que os fabricantes deixem de empurrar carros em seus estoques.
As vendas na China melhoraram em maio, mas a guerra dos preços continua não trazendo um horizonte para o ano de 2025 por lá. No mercado local, o Seagull parte de 55.800 yuans ou R$ 43,3 mil.
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