Em Burlington, Vermont, Robert McLane, ex-diretor de Peças e Serviços da concessionária Formula Nissan, declarou-se culpado de fraude postal após desviar cerca de 575 mil dólares em kits de suspensão para caminhonetes Nissan.
O esquema, que envolveu a venda dos kits por meio do Facebook, usava a própria estrutura da concessionária para financiar e enviar as peças, deixando um rastro de prejuízo financeiro e abuso de confiança.
O Esquema Elaborado
Entre março de 2019 e setembro de 2022, McLane ocupava posições de confiança na concessionária, onde era responsável por gerenciar pedidos, recebimentos e pagamentos de peças automotivas.
Em vez de usar o sistema de gerenciamento de peças da empresa, ele contornava os processos internos ao encomendar diretamente da Nissan North America.
Após adquirir os kits de suspensão para os modelos Frontier e Titan, McLane os vendia no Facebook por preços significativamente inferiores ao custo de atacado, sem registrá-los no estoque da Formula Nissan.
Ele até utilizava a conta de envio da concessionária na FedEx para despachar os produtos, maximizando os lucros ilícitos e prolongando o esquema.
Impacto Financeiro e Detalhes da Fraude
Cada kit de suspensão, com custo de atacado entre 2.300 e 2.900 dólares, era adquirido pela concessionária sem que os registros refletissem as vendas subsequentes.
No total, a Formula Nissan acumulou um prejuízo de pelo menos 575 mil dólares. McLane agora enfrenta até 20 anos de prisão e multas que podem chegar ao dobro do prejuízo causado.
Por Que o Esquema Durou Tanto Tempo?
O sucesso temporário de McLane pode ser atribuído ao bypass no sistema de pedidos, que evitava o registro de estoque e dificultava o rastreamento do movimento de peças.
Aparentemente, nem a Nissan North America percebeu a quantidade incomum de kits sendo enviados para uma única concessionária, mesmo considerando que a marca vende apenas dois modelos compatíveis: Frontier e Titan.
Presume-se que a descoberta tenha ocorrido quando os registros contábeis começaram a revelar discrepâncias entre os gastos em peças e a receita gerada, evidenciando um rombo nos lucros da concessionária.
O caso destaca a confiança depositada em McLane, que abusou de sua posição para operar um esquema tão audacioso.
Embora ninguém mais tenha sido acusado, o incidente levanta questões sobre os controles internos da Formula Nissan e a eficácia do rastreamento de inventário da Nissan North America.
Enquanto McLane aguarda sentença, o caso serve como um alerta para concessionárias sobre a importância de sistemas robustos de auditoria e monitoramento de peças, a fim de evitar fraudes semelhantes no futuro.
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