
A gigante chinesa CATL, maior fabricante de baterias do mundo, apresentou dois avanços que podem mudar de vez o jogo para os carros elétricos: as novas células de bateria de sódio Naxtra e a nova geração das baterias de fosfato de ferro-lítio Shenxing.
Ambas prometem carregamentos ultrarrápidos, preços mais acessíveis e maior segurança — tudo isso sem comprometer o desempenho.
A estratégia da CATL é clara: repetir com as baterias de sódio o mesmo sucesso que teve ao aprimorar as LFP, que hoje são comuns em modelos elétricos de entrada.
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Elas são mais baratas do que as baterias ricas em níquel e, graças à engenharia da empresa chinesa, conseguiram melhorar bastante em densidade energética, tornando-se uma opção viável e popular no mercado global de EVs.
Com as novas baterias de sódio Naxtra, a CATL promete carregar ainda mais rápido e com vida útil prolongada.
A empresa afirma que essas células alcançam densidade energética de 175 Wh por kg — um número competitivo com as melhores baterias LFP atuais. E o melhor: os testes de segurança impressionam.
As células foram perfuradas, cortadas ao meio e ainda assim não apresentaram nenhum evento térmico. Em outras palavras: mesmo sob condições extremas, elas se mantêm estáveis, o que representa um avanço significativo em segurança para os carros elétricos.
Mas o maior choque (sem trocadilhos) veio com a nova geração das baterias Shenxing LFP.
A CATL demonstrou, com números, que essas células são capazes de carregar 300 milhas de autonomia (aproximadamente 482 km) em cerca de 5 minutos.
Isso significa que o tempo para “abastecer” um carro elétrico está cada vez mais próximo — ou até melhor — do que encher um tanque de gasolina.
Segundo a CATL, os carregamentos chegam a ultrapassar a impressionante marca de 1.000 kW, com taxas acima de 500 kW mesmo quando a carga já está em 50% da capacidade.
Para quem está acostumado a EVs levando 30 minutos para meia carga, essa tecnologia representa um salto gigantesco.
A expectativa é que a bateria Shenxing esteja em 67 modelos de carros elétricos até o fim de 2025, o que sinaliza uma rápida adoção no mercado chinês — e possivelmente no mundo.
A notícia chega pouco depois da rival BYD também apresentar uma nova tecnologia de carregamento ultrarrápido, o que mostra que a competição no setor de baterias está cada vez mais acirrada.
Para os consumidores, isso pode representar carros mais baratos, com maior autonomia e tempos de recarga quase instantâneos — algo que elimina um dos maiores obstáculos à adoção em massa dos veículos elétricos.
A questão agora não é mais se essas baterias chegarão ao mercado, mas quando e com que alcance global. E ao que tudo indica, isso está mais próximo do que muitos imaginavam.
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