A indústria automotiva global está vivendo uma transformação profunda, onde a velha ordem das grandes montadoras não garante mais liderança nem permanência no topo.
Fabricantes tradicionais, como a General Motors, vêm reconhecendo que o tempo de desenvolvimento de novos modelos precisa acompanhar o ritmo das marcas chinesas, ou o jogo pode virar de vez.
Enquanto no Ocidente um novo carro leva entre 32 e 48 meses para sair do papel e chegar às ruas, na China esse processo ocorre em apenas 22 a 28 meses.
Essa velocidade impressionante vem colocando pressão em gigantes como GM, que agora busca acelerar como nunca.
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O presidente da montadora americana, Mark Reuss, comentou que o aprendizado com a indústria chinesa é inevitável, especialmente quando se trata de agilidade e adaptação.
Em entrevista recente a um podcast, Reuss afirmou que copiar modelos ou competir apenas por preço não é o melhor caminho, mas entender a dinâmica da concorrência asiática é crucial.
Segundo ele, as marcas chinesas compartilham fornecedores e conseguem implementar inovações rapidamente, criando ciclos de desenvolvimento altamente eficazes.
No entanto, ele também destacou que nem tudo são flores: muitas dessas fabricantes operam com margens apertadas e só conseguem lucrar vendendo baterias em grande escala.
Ainda assim, o desafio é evidente — e não exclusivo da GM.
A Audi anunciou recentemente que está desenvolvendo o sucessor do TT em tempo recorde, com previsão de lançamento apenas 30 meses após a aprovação do projeto.
Pouco tempo depois, a BMW elevou a aposta ao afirmar que nenhuma marca chinesa consegue acompanhar sua velocidade de desenvolvimento da nova linha Neue Klasse, prometendo 40 modelos novos ou atualizados em dois anos.
A corrida global por agilidade virou prioridade número um entre os grandes players, e as declarações recentes mostram que não há mais espaço para projetos que se arrastam por anos.
No novo cenário dominado por EVs, vencer a guerra do tempo pode ser mais importante do que ter tradição ou reconhecimento de marca.
E marcas que até ontem ditavam o ritmo do setor agora correm atrás de startups ágeis, determinadas e tecnologicamente ousadas.
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