A GM está demitindo em sua mais moderna fábrica, a Factory Zero, em Detroit. São 200 funcionários e o prognóstico não é bom, já que os planos de eletrificação nos EUA estão caindo por terra.

A Factory Zero foi construída para ser uma fábrica-modelo para a produção de carros elétricos e ali são feitos veículos como o GMC Hummer EV, Chevrolet Silverado EV, GMC Sierra EV e Cadillac Escalade IQ, por exemplo.

Segundo o jornal US News, a GM está ajustando a produção “dependendo da dinâmica do mercado” e a antiga Detroit-Hamtramck até 2020, agora Factory Zero, sente os primeiros sinais da desaceleração nas vendas de elétricos.

A GM tinha planos sólidos de eletrificação e foi a montadora americana que mais apostou nisso, porém, agora as coisas são bem diferentes e o atual governo americano não quer nem saber de carros elétricos.

Na planta, a GM injetou US$ 2,2 bilhões para modernizá-la e confiou na promessa do governo anterior de que a eletrificação seria acelerada nos EUA.

À época, Mary Barra, CEO da GM, disse ser um “dia monumental para toda a equipe da GM”, enquanto o vice-presidente de fabricação da GM, Gerald Johnson, acrescentou que “até 2025, os veículos elétricos representarão 20% da produção total da GM e, até 2030, até 50%”.

Todavia, as previsões da GM até hoje não se cumpriram e, dos 2,7 milhões de carros novos eletrificados vendidos pela montadora nos EUA, somente 114.432 deles eram carros elétricos.

Então, embora a GM seja a segunda maior fabricante de carros elétricos, depois da Tesla, ela ainda pode ostentar uma participação de apenas 4,2% nesse mercado.

Com a atual tarifa de 25% sobre carros importados, sendo de 125% para chineses, instituída recentemente, os componentes importados dos países vizinhos tornarão ainda mais cara essa operação da Factory Zero.

Assim, com a atual política, não prevista nem no ano passado, a GM vive um dilema industrial e comercial, já que mesmo a exportação de seus carros pode sofrer com a retaliação de outras nações, que se sentem atingidas pelos EUA.