Em um futuro não tão distante, seu carro poderá saber exatamente como você está se sentindo — antes mesmo de você perceber.
A General Motors registrou uma nova patente que promete transformar o interior do veículo em uma espécie de refúgio emocional, usando sensores, inteligência artificial e um toque de tecnologia quase terapêutica.
A proposta é ousada: identificar o estado emocional do motorista e dos passageiros em tempo real e, a partir disso, ajustar clima, iluminação, música, fragrâncias e até o volume do som.
Tudo isso com base em dados coletados de voz, imagem facial, batimentos cardíacos, respiração e condutividade da pele. É como se o Chevrolet Suburban, por exemplo, virasse um spa sobre rodas — ou, quem sabe, um terapeuta com rodas e V8.
A patente detalha como o sistema poderia identificar um humor negativo e reagir com uma combinação de luzes suaves, sons relaxantes e até uma leve massagem nos bancos.
Se o condutor estiver estressado ou cansado, o carro poderá sugerir uma pausa na viagem. Pode parecer exagero, mas essa é apenas a continuação de uma tendência que já vemos em marcas como Lincoln, que apostam em aromas, sons e iluminação ambiente para gerar bem-estar a bordo.
Mas a ideia levanta questões curiosas e, em alguns casos, até cômicas. Imagine um casal discutindo no carro e, no meio da briga, o sistema decide interromper com uma música da Taylor Swift — algo como “You Need To Calm Down”.
Para alguns, pode ser engraçado. Para outros, o carro pode acabar inflamando ainda mais os ânimos.
Outro ponto sensível é a privacidade. Se por um lado o motorista pode querer relaxar ao som de uma música mais calma ou ajustar o clima conforme o estresse, por outro, passageiros podem não gostar da ideia de terem seu estado emocional monitorado.
Especialmente em contextos profissionais ou íntimos, isso pode ser um verdadeiro incômodo.
Ainda assim, a GM prevê que o sistema seja opcional e possa ser desligado. Mesmo assim, o recurso levanta a já conhecida polêmica sobre coleta de dados em excesso.
Afinal, para que o carro saiba se você está feliz, ansioso ou com raiva, ele precisa monitorar dados pessoais em tempo real — e a confiança da GM nesse quesito tem sido colocada à prova com frequência.
A empresa não é a primeira a pensar em um carro que “sente” emoções, mas ao usar sensores biométricos, machine learning e automação de respostas, ela leva a ideia a um novo patamar.
Seja uma inovação bem-vinda ou mais um passo rumo à vigilância total dentro do carro, a proposta da GM mostra que o automóvel do futuro pode ser muito mais do que um meio de transporte — ele poderá ser também um reflexo emocional sobre rodas.
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