
A General Motors reduziu a produção de picapes grandes em sua fábrica canadense, em meio à imposição de tarifas de 25% para a importação de automóveis e comerciais leves.
Localizada em Oshawa, na província do Ontário, a planta da GM Oshawa faz os modelos Silverado 1500 e 2500 HD, assim como similares da GMC Sierra.
Em 2024, a GM produziu 144.000 picapes no Canadá e, segundo o sindicato Unifor, o corte na produção de picapes impactará 700 funcionários no chão de fábrica e outros 1.500 na cadeia de suprimentos local.
Kristian Aquilina, presidente da GM Canadá, afirmou que a montadora precisa se adaptar ao “ambiente comercial em evolução”. Nesse caso, seria “involução”, já que as tarifas estão a ruir uma cadeia de suprimentos e um setor há décadas consolidado.
Enquanto isso, Lana Payne, a presidente nacional da Unifor, criticou a medida da GM como “prematura e desrespeitosa”.
Isso porque o recém-eleito primeiro-ministro canadense, Mark Carney, se prepara para uma possível renegociação dos termos comerciais com os EUA na próxima semana.
Lá na fábrica da CAMI, em Ingersoll, Ontário, a GM cortou bem a produção de vans elétricas da antiga marca BrightDrop, que agora fazem parte do portfólio da Chevrolet.
Para termos uma ideia do corte em Oshawa, a GM ampliou a produção de veículos em Fort Wayne, Michigan, onde também produz picapes e com um adicional de 50.000 unidades por ano.
A GM estima em até US$ 5 bilhões os custos operacionais extras com a tarifa de 25% para carros importados e seus componentes.
No México, a GM também tem problemas com a produção local, voltada essencialmente para o mercado americano.
Transferir a produção de picapes destes dois países para os EUA parece a solução parcial do problema, já que seria necessário também localizar as peças em território americano.
Enquanto isso, espera-se um aumento expressivo dos preços dos carros nos states para os próximos meses.
[Fonte: GMA]

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