O impacto sobre as operações das montadoras presentes nos EUA preocupa tanto a economia americana que a repercussão finalmente parece ter sido entendida na Casa Branca, onde o atual governo promete suavizar a carga tributária sobre importados do setor.
Fontes ligadas ao governo americano disseram ao The Wall Street Journal que o presidente deve suavizar as tarifas sobre as montadoras com fábricas nos EUA, permitindo que elas deixem de pagar o tarifaço sobre itens como aço ou alumínio importados.
Embora não seja ainda o desejo de todos do setor, o movimento da Casa Branca pode ser entendido como um sinal de que a atual administração amenizará o impacto de medidas comerciais agressivas, com as quais vem promovendo sua política econômica.
Atualmente, o governo dos EUA impõe uma pesada tarifa de 25% sobre insumos diversos que entram no país, como aço e alumínio, atingindo diretamente as montadoras, já obrigadas a pagar 25% sobre peças e veículos importados, mesmo dos países vizinhos.
À CNBC, Mary Barra, CEO da GM, disse: “Acreditamos que a liderança do presidente está ajudando a nivelar o campo de atuação para empresas como a GM e nos permitindo investir ainda mais na economia dos EUA”.
Pelo que se sabe, o plano permitirá que as montadoras sejam reembolsadas pelas tarifas já recolhidas desde que o imposto de 25% sobre automóveis entrou em vigor no início de abril.
Os fabricantes também serão reembolsados por peças importadas até um valor equivalente a 3,75% do valor de um carro fabricado em território americano.
Esse reembolso, no entanto, cairá para 2,5% no próximo ano e será eliminado gradualmente no terceiro ano, surgindo como um alento para várias montadoras.
A ideia é dar às montadoras o tempo necessário para aumentar a produção nacional e o fornecimento de peças, segundo as fontes ouvidas.
O plano reduz assim a carga sobre os carros importados, que agora não acumularão outras taxas sobre os 25% e nem os carros “made in USA” ficarão mais caros porque parte das peças vêm de fora.
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