Que mortes causadas por carros atingindo pedestres seja algo muito sério e importante, não podemos negar.
Mas quando o país mais importante da indústria automotiva mundial pensa em mudar as regras para design de veículos, para salvar um número mínimo de pessoas por ano, isso não agrada a todo mundo.
Lá nos Estados Unidos, a quantidade de pedestres que perderam a vida em acidentes automotivos mais do que dobrou.
E por isso, o governo americano está propondo uma nova regra, que mudaria o jeito que os carros são desenhados, para reduzir a quantidade de perdas humanas.
Neste plano, feito pelo braço do governo que controla o trânsito, a NHTSA, ou National Highway Traffic Safety Administration, carros de passageiros que tenham peso de menos de 10.000 libras, cerca de 4.500 quilos, precisariam ter design que obedeça um novo padrão de proteção a pedestres.
Esse peso de 4.500 quilos acaba incluíndo praticamente todos os carros, até mesmo em um país com carros tão gordos quanto seus habitantes.
Até mesmo carros gigantes, como uma Cadillac Escalade 2024, não passam de cerca de 2.500 a 2.600 quilos. Pegue uma RAM 3500 deste ano, por exemplo. Ela fica no máximo em 3.100 quilos.
A proposta tem nada menos que 238 páginas. É um documento enorme, como tudo que seja governamental.
Mas, resumindo, é um novo padrão que exigiria que todos os veículos vendidos nos Estados Unidos passem por um novo critério para lesões na cabeça de pedestres, em testes que simulam um impacto entre a cabeça da pessoa e o capô do veículo.
A gama de velocidades mais importante fica até 40 km/h, o que inclui cerca de 70% das lesões em pedestres, vindas de impactos com veículos. Os carros seriam testados com vários bonecos de forma humana, imitando o tamanho e o peso de vários tipos de pessoas, desde crianças pequenas até idosos.
E a única maneira de um carro que não passa nesse critério, conseguir ser aprovado, é tendo uma modificação no design dianteiro.
Essas modificações não seriam pequenas, como aquelas que acontecem no design de um carro quando ele passa por um facelift leve.
E não é só isso, os carros passariam a consumir mais combustível, pelo fato de não terem mais um design tão aerodinâmico quanto antes.
E aquele número que citamos no título, a respeito de salvar 70 vidas? Vem do próprio governo americano, que disse que as mudanças poupariam 67 vidas no país inteiro, por ano.
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