
O trânsito das cidades é caótico em muitos lugares e nos horários de pico, certas vias brasileiras são impraticáveis, quase que uma perda de tempo, mas é aquilo que as pessoas precisam ir e vir…
Nestas vias, o limite normalmente empregado em ruas e avenidas varia de 40 km/h a 50 km/h, mas isso depende da localidade e do fluxo de veículos, com vias chegando a 60 km/h.
Todavia, na semana passada, o Governo Federal fez uma consulta pública para atualizar sua Guia de Gestão de Velocidades no Contexto Urbano, visando atender os padrões recomendados pela OMS e Banco Mundial.
Em zonas urbanas, o limite estipulado pelas organizações citadas é 30 km/h, um limite que realmente seria impraticável em muitas regiões urbanas, onde o fluxo de veículos é maior e consequentemente a velocidade precisa ser maior.
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Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o objetivo do Ministério dos Transportes é discutir soluções que promovam a redução de acidentes no trânsito do país, considerado um dos mais mortais do mundo.
Conforme a Senatran, as medidas serão aplicadas no cenário urbano, mas também incluem rodovias que atravessam cidades. Uma das ideias levantadas é a da redução da velocidade máxima, mas também há outras alternativas em estudo.
Segundo os estudos realizados pela Senatran em diferentes metrópoles brasileiras, mostram que a redução das velocidades resultou em pouco impacto no tempo de viagem.
Em Fortaleza–CE, por exemplo, diferentes avenidas analisadas tiveram a máxima reduzida de 60 km/h para 50 km/h, em 2022. O estudo revelou que o tempo de viagem cresceu 6 segundos por quilômetro percorrido.
Já os sinistros, no entanto, caíram cerca de 30%, com os atropelamentos com vítimas diminuindo em até 63%, enquanto a emissão de gás carbônico foi reduzida em 7%.
Em Curitiba, dados de GPS com voluntários indicaram, também, que trafegar acima dos novos limites de velocidade permite ganhos de somente três segundos por quilômetro percorrido.
A melhora na segurança não vem somente dos limites, mas também dos sistemas de segurança dos veículos, com maior capacidade de frenagem e sistemas de auxílio ao condutor.
Não se trata, no momento, de uma regra para reduzir os limites, somente um estudo para avaliar impactos futuros, mas isso pode levar a uma redução geral adiante.
Pelas regras atuais, o CTB impõe limites para os tipos de vias no país, como pode ser visto abaixo:
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro impõe limites padronizados para diferentes tipos de vias:
- Rodovias de pista dupla: 110 km/h (automóveis e motos) ou 90 km/h (demais veículos)
- Rodovias de pista simples: 100 km/h (automóveis e motos) ou 90 km/h (demais veículos)
- Estradas: 60 km/h
- Vias de trânsito rápido: 80 km/h
- Vias arteriais: 60 km/h
- Vias coletoras: 40 km/h
- Vias locais: 30 km/h
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