
O Grupo Volkswagen enfrenta uma das crises mais graves de sua história recente e, segundo reportagens publicadas na Europa, pode estar caminhando para um rombo bilionário até 2026.
Fontes internas ouvidas pelos jornais Bild, da Alemanha, e pelo site Motorpasión, da Espanha, indicam que a empresa pode estar prestes a registrar um déficit de caixa de mais de 11 bilhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 60 bilhões.
Se confirmada, essa situação exigirá decisões drásticas da companhia, incluindo cortes de investimentos, venda de ativos e possível reestruturação de marcas.
O cenário é especialmente preocupante porque a Volkswagen já vinha enfrentando dificuldades com sua transição para veículos elétricos.
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Os altos investimentos em eletrificação, os atrasos nos lançamentos de novos modelos, os problemas recorrentes com seus sistemas de software e as disputas trabalhistas tanto na Europa quanto em outros continentes têm pressionado fortemente o caixa da empresa.
No primeiro semestre deste ano, o próprio grupo revisou para baixo sua previsão de fluxo de caixa e reduziu a expectativa de margem operacional, reforçando a percepção de que a situação financeira já não era confortável.
Dentro do grupo, marcas como Audi e Porsche também estariam consumindo caixa em ritmo acelerado.
Relatórios indicam que os atrasos na entrega de novos EVs devem custar ao conglomerado cerca de 6 bilhões de dólares adicionais.

Com isso, a diretoria da Volkswagen já estaria considerando a venda de ativos considerados não essenciais, como as empresas Italdesign, Everllence e IAV.
Mais ousado ainda seria o movimento de vender participações em marcas de prestígio como Bugatti, Lamborghini e Ducati.
Nesse sentido, rumores sobre a possível venda da fatia de 45% que a Porsche possui na joint venture Bugatti Rimac ganharam força.
O CEO da Rimac, Mate Rimac, confirmou à Bloomberg que negociações estão em andamento, e que a venda poderia ser concluída até 2026.

O valor estimado da proposta gira em torno de 1 bilhão de euros, com possível financiamento de investidores privados e parceiros estratégicos.
No caso da Lamborghini e da Ducati, essa não seria a primeira vez que se cogita uma venda — os rumores já circularam em outras ocasiões, com destaque para 2020, quando a pandemia paralisou qualquer negociação mais concreta.
Até o momento, o Grupo VW não confirmou oficialmente a existência do rombo de €11 bilhões, mas o fato de as discussões estarem ocorrendo nos bastidores, com envolvimento de altos executivos, reforça a credibilidade das informações.
Além disso, há vários caminhos que a montadora pode seguir para levantar recursos, como abertura de capital de marcas, venda de patentes, acordos com governos e até empréstimos de emergência.

Mas o contexto global não ajuda.
A concorrência das marcas chinesas de EVs na Europa e os obstáculos em mercados estratégicos como Estados Unidos, América do Sul e China aumentam a pressão.
Para analistas, o grupo se tornou grande demais e com marcas demais para manter uma gestão ágil e eficiente, o que dificulta decisões rápidas — algo essencial no atual cenário automotivo.
Entre atrasos, disputas internas e perda de relevância de algumas de suas principais marcas, o que se vê é um grupo caminhando perigosamente sobre a corda bamba.
A dúvida agora é se o Grupo Volkswagen terá coragem de se reinventar ou se seguirá afundando em um mar de más decisões e promessas não cumpridas.
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