Em uma clínica com concessionários já estabelecidos, a Great Wall Motors verificou que terá de fazer mudanças em seu cronograma de lançamentos no país nos próximos meses.

Após a chegada bem-sucedida do Haval H6 e de seu irmão H6 GT, bem como do ORA 03, o grupo chinês preparava sua terceira investida no país: uma picape híbrida plug-in da marca Poer.

Todavia, surgiu uma importante discrepância entre o que a montadora chinesa imaginava e o que os revendedores acreditam ser o ideal para enfrentar a concorrência.

Com o produto apresentado aos concessionários, a GWM ouviu deles que seria difícil encarar a disputa com Toyota Hilux, Ford Ranger, Chevrolet S10, Nissan Frontier, Mitsubishi L200, VW Amarok ou ainda a esperada Fiat Titano.

Dessa forma, os lojistas pediram mudanças na proposta da GWM para uma picape da Poer, que será nacionalizada, com produção em Iracemápolis, no interior de São Paulo.

O feedback dos concessionários é crucial para a GWM ter sucesso nesse mercado de picapes, agora aquecido com a Nova Ranger e a iminente chegada da Fiat Titano.

Ainda que os revendedores peçam por alterações, a GWM não abre mão da propulsão híbrida plug-in, que aparece como uma evolução do sistema PHEV usado atualmente no Haval H6 GT.

Este usa motor 1.5 turbo associado com motores elétricos, entregando números combinados de 393 cavalos e 77,7 kgfm. Outro detalhe importante é que a picape Poer é maior que S10 e Hilux, medindo 5,41 m de comprimento.

Existe ainda a expectativa de uma versão HEV como o H6, que assim seria mais barata e sem recarga externa, o que garantiria um preço menor. Esse detalhe, porém, permanece como um mistério guardado a sete chaves pela marca.

Atualmente, as picapes do segmento médio estão custando entre R$ 230 mil e R$ 320 mil, com algumas versões chegando perto de R$ 370 mil. Não dá para a GWM sair muito disso, mesmo com sua picape sendo HEV ou PHEV.

[Fonte: Jorge Moraes/UOL]