O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), publicou ontem, (dia 19), a homologação para a GWM no Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), nova política industrial brasileira voltada para a sustentabilidade e inovação na indústria automotiva.
Esta homologação permitirá à GWM acelerar sua estratégia de nacionalização e ampliar suas operações, começando as atividades com o SUV híbrido Haval H6 até o fim de 2024 na sua fábrica de Iracemápolis, interior de São Paulo.
Inicialmente a operação será em regime de pré-produção, para testar e ajustar os novos equipamentos da linha de montagem e verificar os processos de manufatura e de controle de qualidade.
Todavia, já em 2025, terá início a produção em série do modelo. Atualmente, a fábrica está passando por um processo de modernização e expansão, passando de 20 mil para 50 mil veículos por ano, e com previsão de chegar a 100 mil unidades nos próximos anos.
Paralelamente, segundo a GWM, a empresa está intensificando o contato com empresas fornecedoras de peças e de tecnologias para parcerias locais, buscando apoio técnico e redução nos custos de fabricação e de logística.
Marcio Alfonso, diretor de Engenharia, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da GWM Brasil, comenta: “Com a homologação será possível transferir gradualmente todos os processos produtivos, atualmente realizados na China, para nossa fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo”.
A fábrica começará com a produção do monobloco, soldagem, tratamento superficial, pintura, montagem final e testes, montagem de chassis, freios, eixos e sistemas elétricos.
Numa segunda fase, a meta é avançar para a montagem de componentes de maior valor agregado, chegando ao final do ciclo com a possibilidade de montagem das baterias de lítio, consolidando ainda mais a presença da GWM no mercado brasileiro.
Especialistas estimam que a demanda anual global por baterias de lítio para veículos híbridos e elétricos deve ser de 20 a 30 milhões de unidades até 2030.
Alfonso., destaca: “Estamos nos aproximando de institutos de pesquisa para tentar viabilizar o desenvolvimento de soluções que permitam trazer as tecnologias da GWM para o Brasil”.
A GWM já desenvolveu uma lista de mais de 100 componentes para serem produzidos localmente, visando nacionalização superior a 60%, permitindo à montadora iniciar a exportação de veículos para a América do Sul.
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