Ainda que enalteça sua proposta de produção plena no Brasil, diante da proposta de sua concorrente BYD de começar a operação parcialmente, a GWM está de olho na isenção de imposto para operações em SKD e CKD, por meio de cotas, liberadas pela Camex.
Tendo sido reivindicada pela BYD como redução tributária, mas parcialmente atendida como cota com isenção de imposto de importação por seis meses, as operações de SKD e CKD beneficiadas não são exclusivas do fabricante chinês.
Nesse caso, a GWM não descarta utilizar-se de cotas para importar carros em SKD ou CKD com isenção fiscal nesse período, que começa agora em agosto e termina em janeiro de 2026.
Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM falou ao site Auto Indústria: “Ainda estamos avaliando a possibilidade de usar as cotas da portaria do MDIC porque a GWM nunca trabalhou com o plano de recorrer a isenções para SKD e CKD”.
Bastos concluiu: “Nosso projeto de produção sempre foi no processo peça por peça (”part by part”). Esse é um processo mais complexo porque prevê conteúdo nacional logo no primeiro ano, como a pintura para 100% dos veículos produzidos no Brasil e a inclusão de componentes vindos de fornecedores nacionais”.
Com fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, a GWM está projetando a produção de seus primeiros carros no país já neste segundo semestre, mas a possibilidade de importação pode reforçar as vendas da empresa aqui e adiantar o volume fabril em sua planta paulista.
A GWM pretende iniciar seus trabalhos com seu best-seller, o Haval H6, que já está brigando por um lugar no Top 20 dos carros mais vendidos em julho.
Além disso, a picape Poer é outro produto que será nacionalizado, assim como o Haval H9 e outros com potencial de vendas no mercado nacional. Quais carros serão montados inicialmente aqui? O Tank 300 seria uma opção por sua arquitetura mais simples.
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