
O hidrogênio continua forte no segmento de veículos comerciais pesados, enquanto nos carros e comerciais leves já perdeu seu apelo econômico. Por aqui, as iniciativas vislumbram uma alternativa localizada.
A FTXT, subsidiária da GWM na China, se tornou responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de célula a combustível e componentes para que utilizam o hidrogênio.
Fora do país asiático, a FTXT adota a marca GWM Hydrogen, reforçando o posicionamento global da empresa chinesa nesse segmento.
Veja também
O veículo desembarcou no Porto de Santos–SP e seguiu para a fábrica da GWM em Iracemápolis–SP, onde passará por inspeções e validações antes de iniciar seus testes de rodagem.
Durante o mês de agosto, a equipe de engenharia de produto da FTXT, em parceria com especialistas vindos da China, dará início à inspeção técnica do caminhão, com foco inicial na verificação da integridade e desempenho da bateria elétrica.
O caminhão da FTXT conta com uma bateria de 105 kWh e um conjunto de cilindros com capacidade para 40 kg de hidrogênio, que alimentam as células a combustível para gerar eletricidade.
Segundo a FTXT, esse sistema também permite recuperação de energia em desacelerações e frenagens, como em descidas de serra.
Os primeiros testes com o sistema de hidrogênio da FTXT estão programados para setembro, em parceria com universidades brasileiras, incluindo a Universidade de São Paulo (USP).
A instituição de ensino conta com infraestrutura para abastecimento a partir do etanol, tecnologia desenvolvida no Brasil para produzir hidrogênio de baixo carbono.
Inicialmente, os testes da GWM terão caráter essencialmente de pesquisa e desenvolvimento, com foco na transferência de conhecimento para as equipes brasileiras e na colaboração com centros de pesquisa e universidades.
Antes de iniciar a rodagem em vias públicas, o veículo passará por avaliações de suspensão, desempenho e segurança em pistas de prova no interior de São Paulo. Inicialmente, a operação da FTXT será feita sem carga, evoluindo gradualmente para condições reais de transporte.
O objetivo da GWM é coletar dados sobre hábitos de condução no Brasil e entender como temperatura, altitude, tipo de pavimento, condições de rodagem influenciam a eficiência do sistema.
Após essa primeira fase, o caminhão da Great Wall será testado em infraestruturas de abastecimento com diferentes fontes de hidrogênio: seja eletrolítico (ou hidrogênio verde) ou hidrogênio da reforma do etanol.
Em um terceiro momento, a GWM fará uma avaliação econômico-financeira para estimar a viabilidade comercial da tecnologia no Brasil.
O caminhão pesado da FTXT será exibido pela primeira vez no Brasil em 15 de agosto, durante a inauguração da fábrica da GWM em Iracemápolis.
📲 Receba as notícias do Notícias Automotivas em tempo real!Entre agora em nossos canais e não perca nenhuma novidade:
✅ Canal do WhatsApp📡 Canal do Telegram
📰 Siga nosso site no Google Notícias