
Ele é raro nos dias de hoje e a cor amarela é praticamente parte de sua essência. Numa época em que não se temia nichos ou estereótipos, a Fiat trouxe da Itália um dos ícones de design automotivo dos anos 90, o Fiat Coupé.
Um dos carros mais disruptivos que já rodaram oficialmente no Brasil, o Fiat Coupé trouxe bem mais que estilo, carregando consigo um espírito esportivo e uma aura de jovialidade.
O Fiat Coupé chegou ao Brasil em 1995, tendo sido lançado na Itália dois anos antes, e rapidamente se tornou um objeto de desejo entre os entusiastas por automóveis.

Seja pelo seu design disruptivo e inovador, ou pela engenharia refinada e seu apelo esportivo, o Fiat Coupé ainda se destaca nos dias de hoje e quem tem dificilmente vai querer vendê-lo.
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Em uma década em que o design vivia uma efervescência e permitia criações “fora da caixinha”, o Fiat Coupé chegou sendo imponente.
A carroceria exibia linhas ousadas e detalhes originais, como o capô que avançava sobre parte do para-lamas, as maçanetas embutidas nas colunas centrais, as lanternas traseiras circulares duplas e os icônicos faróis posicionados atrás de lentes em formato de bolha.

Um vinco sobre as rodas traseiras repetia o recorte presente entre o capô e os para-lamas dianteiros, criando uma harmonia visual incomum e dinâmica, lembrando a letra “Z”, conferindo velocidade ao veículo, mesmo ele estando parado.
Dentro, o ambiente era assinado pela Pininfarina e trazia como um dos destaques uma faixa pintada na mesma cor da carroceria que atravessava o painel, de fora-a-fora, reforçando a característica de exclusividade e esportividade do modelo.

Por fora, o estiloso Fiat Coupé foi desenhado no Centro Stile Fiat, pelo designer Chris Bangle, que chegou a trabalhar com Peter Fassbender, atual vice-presidente de Design para a América do Sul.
Peter Fassbender conta: “O desenho do Chris Bangle foi escolhido porque era o mais ousado de todos os desenhos que nasceram naquele momento. O nosso sonho era fazer faróis que abriam e fechavam, mas era muito caro e difícil de fazer. Então, para manter a linha muito fluida e para garantir o fluxo de luz, o farol precisava sair”.

Fassbender continua: “Mas o Chris não queria levantar todo o capô para isso. Então, ele deixou o capô mais baixo e o farol saiu um pouquinho, dando um aspecto de bolha. E essa era uma característica do Chris. Ele gostava de transformar detalhes em oportunidades.”
O designer relembra: “Ainda sobre a criação do Fiat Coupé e da criatividade do colega de trabalho, Peter conta que a tampa de combustível foi inspirada em motocicletas. “Para criar a tampa de gasolina, fomos juntos, no carro dele, até uma oficina de motocicletas. Ele pegou referências e se inspirou para desenvolver a charmosa tampa de combustível do Coupé. Na época, ele era meu chefe.”

Equipado com motor 2.0 16V aspirado, o mesmo do Tipo Sedicivalvole, entregando 137 cavalos e 18,4 kgfm, o Fiat Coupé era devidamente manual e contava com freios a disco nas quatro rodas, além de suspensão ajustada para uma condução esportiva.
Não parece, mas até 1997, foram importadas e vendidas 1.124 unidades do Fiat Coupé no mercado brasileiro, sendo ele realmente um dos carros mais inesquecíveis que já passaram por aqui.
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