
A Jaguar Land Rover foi vítima de um grave ataque cibernético que afetou profundamente a produção de veículos e as operações de varejo da marca, no que já é considerado um dos incidentes mais severos da história recente da fabricante.
Controlada pela indiana Tata Motors, a empresa confirmou nesta segunda-feira (1º) que foi forçada a desligar seus sistemas de TI para conter os danos.
O ataque foi detectado enquanto ainda estava em andamento, e a decisão de derrubar os sistemas foi tomada na tentativa de limitar o impacto.
Até o momento, não há indícios de que dados de clientes tenham sido comprometidos, segundo comunicado oficial.
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No entanto, a produção em fábricas como a de Halewood, em Merseyside, foi suspensa, com funcionários sendo informados por e-mail para não comparecer ao trabalho.

A paralisação chega num momento estratégico para o mercado automotivo britânico, justamente quando novos lotes de placas de registro são disponibilizados — período tradicionalmente aquecido para a entrega de veículos novos aos consumidores.
A BBC apurou que o ataque começou no domingo (31), e que as consequências imediatas foram sentidas nas operações globais da JLR.
A empresa diz estar “trabalhando com agilidade” para restabelecer seus sistemas de forma controlada, mas admite que tanto a produção quanto as vendas foram severamente afetadas.
Embora os autores do ataque ainda não tenham sido identificados, o caso surge na esteira de uma onda de ataques cibernéticos que vêm abalando grandes empresas no Reino Unido.

Recentemente, redes como Co-op e Marks & Spencer também foram alvos de hackers que buscavam extorsão financeira. Há suspeitas de que grupos especializados em ransomware estejam por trás dessas ações.
A Jaguar Land Rover já vinha enfrentando dificuldades financeiras, agravadas por tarifas dos Estados Unidos e custos crescentes na cadeia produtiva.
Agora, o ciberataque representa mais um golpe duro, colocando em risco o cronograma de entregas, o faturamento e a confiança no sistema de segurança digital da companhia.
Com fábricas paralisadas, lojas inoperantes e sistemas ainda fora do ar, o prejuízo exato ainda é incalculável. A montadora prometeu atualizações nos próximos dias, mas os danos à reputação e ao ritmo de produção da marca já são evidentes.
Num momento em que a digitalização da indústria automotiva avança rapidamente, o caso serve como mais um alerta: nem mesmo os gigantes estão a salvo no mundo conectado.
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