No ano passado, o ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, surpreendeu o mundo automotivo com duas revelações bombásticas.

Primeiro, ele revelou que, em segredo, havia montado uma coleção impressionante de 69 carros emblemáticos da F1, incluindo modelos pilotados por lendas como Michael Schumacher, Ayrton Senna e Niki Lauda.

Segundo, ele anunciou que estava vendendo toda a coleção. Não demorou muito para que o ex-magnata da F1 encontrasse um comprador, e agora os carros estão a caminho de um museu.

O novo dono da coleção é Mark Mateschitz, herdeiro da Red Bull, de apenas 32 anos, segundo informações da Reuters.

Embora os detalhes da transação não tenham sido divulgados, o Daily Mail apurou que o lote foi avaliado em cerca de 500 milhões de libras esterlinas, o que equivale a aproximadamente 646 milhões de dólares na cotação atual.

Para Ecclestone, a venda não foi apenas sobre dinheiro, mas sobre encontrar alguém de confiança para assumir seu acervo. “Eles foram para um bom lar, e isso era o que realmente me interessava garantir”, disse o empresário de 94 anos à Reuters.

Os carros, até então armazenados em um enorme hangar no aeródromo de Biggin Hill, ao sul de Londres, nunca foram abertos ao público. Agora, pela primeira vez, poderão ser exibidos para os fãs da Fórmula 1.

Mateschitz ainda não revelou onde pretende expor os veículos, afirmando apenas que será “em um local apropriado”. No entanto, já garantiu que pretende expandir ainda mais a coleção nos próximos anos.

Logisticamente, faria sentido que o museu fosse aberto na Inglaterra, mas transportar quase 70 carros avaliados em mais de 640 milhões de dólares para outro país também não parece ser um problema para alguém com esse nível de fortuna.

Ecclestone levou mais de 50 anos para reunir essa coleção. Sua posição de chefão da F1 lhe deu acesso privilegiado aos carros mais icônicos que já alinharam em um grid de largada.

Assim como ele se preocupou em garantir que sua coleção fosse para as mãos certas, as equipes de F1 geralmente não vendem seus carros ao maior lance. A maioria dos modelos se torna obsoleta após uma temporada e acaba armazenada pelas equipes ou desmontada para reaproveitamento de peças.

Os poucos que chegam a colecionadores privados, muitas vezes, são vendidos sem o motor, apenas como “rollers”.

Com essa aquisição histórica, os fãs da Fórmula 1 podem esperar, em breve, um museu sem precedentes, onde poderão ver de perto alguns dos carros mais icônicos da categoria.

E, quando os ingressos começarem a ser vendidos, pode ter certeza de que haverá uma fila de entusiastas ansiosos para conferir esse tesouro automobilístico.