
A venda de peças automotivas falsificadas se tornou um negócio bilionário e extremamente perigoso, com consequências que podem ser fatais.
Um caso recente em Michigan chamou a atenção das autoridades após a constatação de que mais de 80% dos airbags falsificados não funcionam corretamente em caso de colisão, o que aumenta significativamente o risco de ferimentos graves ou morte.
Esses dados foram divulgados pelo Departamento de Justiça do estado, que reforça a gravidade do problema.
O alerta ganhou ainda mais repercussão após a prisão de Dinas Kamaitis, um homem de 31 anos da cidade de New Baltimore, acusado de vender sistemas de segurança falsificados, incluindo airbags, por meio de sua loja virtual no eBay.
Segundo as autoridades, ele movimentava um negócio próspero com a comercialização de peças que imitavam componentes originais, mas que não passavam de cópias perigosas.
Durante a investigação, mais de 600 mil dólares foram apreendidos de suas contas bancárias, o que demonstra a dimensão da operação.
A procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, afirmou que a Força-Tarefa de Fraude Automotiva do estado está empenhada em responsabilizar aqueles que colocam em risco a vida dos moradores.
Um levantamento preliminar indica que aproximadamente 81 mil veículos em circulação em Michigan podem estar equipados com sistemas de retenção falsificados — o que inclui não apenas airbags, mas também cintos de segurança e outros itens de proteção.
Infelizmente, é extremamente difícil para o consumidor comum identificar se o airbag do seu carro é autêntico. No entanto, uma das dicas dadas pelo National Insurance Crime Bureau é prestar atenção à luz de advertência do airbag no painel.
Se a luz estiver acesa ou funcionando de maneira irregular, isso pode ser um sinal de que algo não está certo com o sistema.
Kamaitis agora enfrenta uma série de acusações criminais, incluindo uso de computador para cometer crime, posse e venda de produtos com marcas falsificadas e comercialização de sistemas de retenção falsos.
Ao todo, são nove acusações que, somadas, podem resultar em uma pena de até 43 anos de prisão.
Esse caso serve como um forte lembrete sobre os perigos da compra de peças automotivas fora de canais oficiais ou de procedência duvidosa. Além de comprometer a integridade do veículo, pode colocar em risco a vida do motorista e dos passageiros em uma eventual colisão.
O combate a esse tipo de crime é essencial para garantir a segurança no trânsito e a confiança do consumidor no mercado automotivo.

Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!