
Coluna Fernando Calmon nº 1.352 — 20/5/2025
Está confirmada a volta do WR-V, em novembro próximo, com destaque no estande da Honda, no Salão do Automóvel de São Paulo.
Mas o novo modelo pode ser lançado um pouco antes e só herdou o nome do anterior WR-V (derivado do Fit), pois se trata do novo SUV compacto da marca japonesa com preço médio estimado na faixa de R$ 135.000.
Trata-se de um produto fundamental para completar a gama de oferta no Brasil. Será menor que o HR-V e integra o investimento de R$ 4,2 bilhões até 2030.
Como já é conhecido no exterior (Japão e Índia), as dimensões também: comprimento, 4.312 mm; entre-eixos, 2.650 mm; largura, 1.790 mm; altura, 1.650 mm e porta-malas, 458 L.
Motor será o mesmo flex aqui produzido de 1,5 L, 126 cv (etanol ou gasolina) e 15,8 kgf·m (E)/15,5 kgf·m (G) com câmbio automático CVT.
Além das versões EX e EXL, não se descarta uma variante de topo Touring, um híbrido pleno, que já existe no exterior e também deverá ser fabricada no Brasil.
Já no cenário internacional, a Honda mostrou um posicionamento claro por parte de seu principal executivo, Toshihiro Mibe, numa entrevista em Tóquio, no último dia 20:
“Devido à recente desaceleração do mercado, a expectativa é que a taxa de vendas de veículos elétricos da Honda, em 2030, fique abaixo da meta previamente anunciada de 30%. Assim, estamos reavaliando estratégias, incluindo planos para a linha de produtos elétricos e cronograma de investimentos”.
As declarações tiveram repercussões em todo o mundo, já que a empresa reconheceu que modelos híbridos estão mais perto da realidade de médio prazo do que os 100% elétricos.
Não é surpresa. Basta ver recentes estatísticas mundiais de vendas, mesmo na China, onde os elétricos têm boa aceitação
911 Carrera e Carrera T explicam o mito Porsche
Por mais que a marca alemã tenha crescido no mercado mundial de forma que poucos poderiam imaginar — no ano passado, 310.718 unidades —, o 911 ainda é considerado a essência de pura personalidade e apego à arquitetura original de motor colocado atrás do eixo traseiro.
Essa escolha levou a grandes desafios técnicos, todos superados ao longo do tempo, até chegar ao estado da arte de hoje.
Os 51.000 modelos 911 comercializadas mundialmente em 2024 comprovam que se trata de carro esporte (não confundir com esportivo) de alto prestígio e entre os mais vendidos. Chega ao Brasil a nova geração 2026 com incursões na hibridização de alto nível.
Mudanças estéticas mantêm-se discretas: para-choques dianteiro e traseiro, lanterna traseira, novas rodas (20 pol., na frente e 21 pol., atrás) e entradas de ar dianteiras.
Faróis LED Matrix, em boa hora, têm apenas dois blocos de iluminação, em vez de quatro.
No interior, quadro clássico com até cinco instrumentos digitais circulares configuráveis (conta-giros sempre central) permite, agora, visibilidade total sem obstrução dos raios do volante.
E a partida do motor, mudada para botão, manteve-se no lado esquerdo do painel.
Maior novidade mecânica é hibridização plena do Carrera GTS. Um motor elétrico entre compressor e rotor da turbina acelera instantaneamente o turbocompressor.
Dispensa válvula de alívio e permite o uso de apenas uma turbina. O motor elétrico também funciona como gerador com 11 kW (15 cv) de potência.
Há ainda outro motor elétrico no câmbio automático que aumenta a potência em 40 kW (54,6 cv). Impressionam potência e torque combinados: 541 cv e 62,2 kgf·m. E aceleração de 0 a 100 km/h em exatos 3 s.
O Carrera T traz a clássica caixa de câmbio manual de seis marchas de série e o motor biturbo, 3-litros, 401 cv (ganho de 5 cv com gasolina premium brasileira) e 45,9 kgf·m.
Aceleração 0 a 100 km/h em 4,5 s, com o opcional Sport Chrono. A Porsche, assim, atende a todos os clientes, mesmo tendo em conta que o câmbio automático de dupla embreagem é mais rápido (0,5 s) pelo mesmo preço.
Esta versão inclui suspensão rebaixada em 1 cm, vidros finos, menos isolamento acústico, escapamento mais livre, eixo traseiro direcional e suspensão ativa.
No autódromo Velocita, em Mogi Guaçu (SP), cada volta, em todas as quatro versões, o 911 impressionou pela precisão da direção, resposta sublime do motor, potência extraordinária dos freios e comportamento impecável em todos os tipos de curva.
Sem sustos, sem surpresas. Além da caixa de câmbio manual, com incrível precisão de engates.
Preços: R$ 930.000 a 1.467.000.
Citroën: um milhão de veículos fabricados no País
Inaugurada em 2001 com o Xsara Picasso, em Porto Real (RJ), a primeira fábrica da então PSA (Peugeot Société Anonyme) comemorou um milhão de unidades produzidas da Citroën.
O modelo escolhido para este marco foi o SUV cupê Basalt. Do mesmo local saíram mais 800.000 veículos Peugeot, agora fabricados (208 e 2008) apenas na Argentina, em El Palomar.
Deste total, cerca de 400.000 veículos das duas marcas foram exportados para a América Latina.
A unidade fluminense integrou-se à Stellantis em 2021 e, apesar de produzir três modelos Citroën (C3, Aircross e Basalt), tudo indica que terá pelo menos mais um produto.
Emanuele Cappellano, presidente do conglomerado na América do Sul, até destaca a aptidão multimarca da fábrica, mas por enquanto nada revela: “Em breve, comunicaremos novidades em produtos. Também estamos ansiosos em poder falar”, afirmou no evento em Porto Real.
Apesar de o Jeep Avenger ter sido formalmente exibido na comemoração dos 10 anos da fábrica de Goiana (PE), tudo indica que o local de produção no Brasil deverá ser mesmo Porto Real.
Sua arquitetura CMP é a mesma dos atuais três produtos acima citados.
Pulse já é modelo 2026, com preço a revelar
O SUV compacto da Fiat, agora em cinco versões, recebeu o para-choque dianteiro do Pulse Abarth como principal diferença externa, destacando-se neste apliques laterais e entradas de ar.
Na versão de entrada o câmbio passa a ser manual de cinco marchas (para ter preço menor), mas também elegível o automático.
Motor continua o mesmo de aspiração natural, 1.332 cm3, 107 cv (E)/98 cv (G) e 13,6 kgf·m (E)/13,1 kgf·m (G). Há também o Pulse Turbo 200 com câmbio automático CVT de sete marchas fixas e motor de 999 cm3, 130 cv (E)/125 cv (G) e 20,4 kgf·m E/G.
Versões Audace e Impetus mantêm o turbo de 1 litro e o sistema micro-híbrido (também conhecido como alternador reversível em motor de arranque).
Com ajuda de um bateria extra de íons de lítio (12 V e 11 A.h), sob o banco do motorista, o sistema liga-desliga o motor é silencioso e dá um pequeno impulso para retirar o carro da inércia, pois a potência extra se limita a 3 kW (4 cv).
Versão Abarh do Pulse 2026 chegará um pouco mais adiante. Os preços do ano-modelo 2026 só serão conhecidos no fim de maio.
A Fiat deve esperar o posicionamento de mercado do SUV compacto VW Tera, a ser revelado em 25 de maio, para decidir sua estratégia comercial.
Maio Amarelo 2025: segurança questão de conscientizar
Campanha criada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), uma instituição social sem fins lucrativos, o Maio Amarelo nasceu em 2014 com a proposta de chamar atenção da sociedade para a alta taxa de mortes e feridos no trânsito ao redor do mundo.
A cada ano são 1,19 milhão de mortos, sendo 50% de vulneráveis, 92% de rendas média e baixa, perfil predominante das vítimas com idade entre 5 e 29 anos.
A escolha do mês de maio foi motivada pela proposta da ONU (Organização das Nações Unidas), quando decretou a Primeira Década de Ação para Segurança no Trânsito, em 11 de maio de 2011.
É um movimento internacional de conscientização para a redução de sinistros. O trânsito deve ser seguro para todos em qualquer situação.
Em 2024 a campanha alcançou mais de 74.000 interações no site https://www.onsv.org.br/.
Este ano o lema é “Desacelere. Seu bem maior é a vida.”
E o tema central de todas as peças de campanha: “A pressa no trânsito deixa marcas que nem o tempo apaga.” Em 2025 dez empresas apoiam o movimento, além da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
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