O valor poderia ser de US$ 1,4 bilhão e ninguém ficaria surpreso, mas US$ 14 bilhões, dando R$ 68,159 bilhões, é realmente de fazer até o chefe de governo de qualquer país abrir uma garrafa de champanhe e soltar fogos para comemorar.

Bom, talvez seja isso ou até mais que Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, fará se a Honda bater o martelo para o que se considera seu maior investimento no exterior até agora e talvez até mesmo em alguma operação no Japão.

A Honda está considerando investir ¥ 2 trilhões no Canadá ou cerca de US$ 14 bilhões e algo a mais em dólares canadenses, o que realmente é espantoso, visto que o objetivo é ter uma fábrica completa de carros elétricos, o que inclui uma unidade de baterias.

Como se sabe, a Honda tem uma fábrica no Canadá e muitos brasileiros (bom, nem tantos assim), rodam carros da marca feitos lá, no caso, o Civic Si de longa data. Desde 1986, a Honda produz Civic e CR-V em Alliston, na província de Ontário.

Tendo fábricas no Alabama, Indiana e Ohio (2), a Honda escolheu o país vizinho aos EUA e ter sua fábrica, que podemos chamar de mega fábrica por conta ao altíssimo investimento, ainda que muito disso vá para produção de baterias.

Nem nos sonhos mais lindos, a Honda gastou tanto para uma única fábrica e isso surge na contramão da decisão da montadora de se associar com a GM para ter carros elétricos feitos nos EUA, no caso do Prologue.

Também surpreende pelo fato da Honda vir nos últimos anos “passando um pano” na eletrificação plena, como Subaru e Mazda, fazendo até carros elétricos para inglês ver, como o Honda e.

Todavia, na China, a Honda virou a mesa ao descobrir que não haveria como deter as marcas locais e reconhecer que os chineses estão mais rápidos que eles. Assim, lançou uma gama elétrica com sócias de lá e até exporta para a Europa.

No entanto, exportar da China para os EUA não é a melhor ideia do momento em uma disputa de poder entre os dois países. Então, a Honda terá de fazer carros elétricos na América do Norte e o Canadá foi o escolhido.

Para os EUA isso também não é boa coisa, mas faz parte do jogo e o país já tem 4 fábricas da Honda, então, não dá para ter tudo, não é mesmo?

[Fonte: Nikkei]