
A Hyundai anunciou nesta segunda-feira (14) uma nova tabela de preços para parte da sua linha de veículos populares, aproveitando o embalo do programa Carro Sustentável, lançado pelo governo federal.
O corte de impostos, oficializado na última sexta-feira, mexeu com o mercado, e a marca sul-coreana seguiu os passos de rivais como Fiat, Renault e Volkswagen ao reduzir significativamente o preço do HB20 nas versões mais acessíveis.
A medida faz parte do programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), que prevê incentivos fiscais para estimular a produção de carros mais eficientes, com menores índices de emissão e maior índice de reciclabilidade.
Os modelos que se encaixam nos critérios estipulados pelo governo passam a ter isenção total do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o que se traduz em descontos diretos no valor final ao consumidor.
No caso da Hyundai, os beneficiados são os modelos HB20 e HB20S equipados com motor 1.0 aspirado nas versões Comfort e Limited — tanto hatch quanto sedã.
As versões topo de linha, como a Platinum, e modelos como o Creta, por enquanto, ficaram de fora da nova política de preços.
Os descontos variam de R$ 7 mil a R$ 12 mil, dependendo da configuração.
No HB20 Comfort, por exemplo, o preço caiu de R$ 95.790 para R$ 83.990 — uma redução significativa de R$ 11.800 no pagamento à vista.
Já o HB20 Limited teve o valor reduzido de R$ 99.990 para R$ 87.990.
No caso do sedã HB20S, o modelo Comfort passou a custar R$ 93.990, enquanto o Limited agora sai por R$ 99.490.
Para ter direito ao novo incentivo, o veículo precisa emitir menos de 83 gramas de CO₂ por quilômetro rodado, conter mais de 80% de materiais recicláveis e ser produzido no Brasil, cumprindo etapas como soldagem, pintura, montagem e fabricação do motor.
Além disso, precisa se enquadrar na categoria de carros compactos.
O decreto presidencial também prevê um novo sistema de cálculo para o IPI, que entra em vigor em 90 dias.
A nova regra parte de uma alíquota-base de 6,3% para carros de passeio, que pode ser ajustada para cima ou para baixo de acordo com critérios como eficiência energética, potência, nível de segurança e índice de reciclabilidade.
A ideia é premiar os modelos mais eficientes e penalizar os menos sustentáveis.
Segundo o governo federal, a medida não terá impacto fiscal direto, e a expectativa é de que cerca de 60% dos carros vendidos no Brasil em 2024 se beneficiem da nova política de alíquotas.
A iniciativa também reforça o compromisso com uma transição para uma frota mais limpa e eficiente, sem abrir mão do incentivo à indústria nacional.
Com a decisão da Hyundai, o consumidor brasileiro ganha mais uma opção acessível e competitiva no segmento de entrada — e o mercado, por sua vez, esquenta ainda mais a disputa pelo tão disputado carro popular com IPI zero.
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