O Creta continua sua perseguição ao líder de vendas do segmento, tentando provar que é a melhor opção entre os SUVs.
Mas será que ele consegue vencer a disputa com o atraente Fastback, que oferece uma receita diferente de seus rivais?
Nesse comparativo, vamos ver qual deles é mais barato, quem oferece o melhor conjunto mecânico e onde está o mais espaçoso.
Além disso, veremos quem é mais equipado e qual é o custo de manutenção de cada modelo.
Confira!
Quase o mesmo preço
Os preços começam no mesmo patamar para os dois modelos, mas o Creta 2025 tem mais versões e acaba sendo mais caro. Na entrada da gama, ele seguem com a versão Action 1.6, de geração anterior, por pouco menos de R$ 120 mil.
Os modelos renovados incluem as versões Comfort Plus, Limited Safety, Platinum Safety e N Line, todas com motor 1.0 turbo e um nível superior de equipamentos.
Os valores ficam entre R$ 141,9 mil e pouco mais de R$ 182 mil.
Finalmente, o SUV tem a versão Ultimate como a mais cara da linha, sendo a único com motor 2.0 aspirado e preço batendo próximo dos R$ 188 mil.
Veja os preços do Creta 2025:
- Creta Action 1.6 AT – R$ 119.990 (geração anterior)
- Creta Comfort Plus 1.0 Turbo AT – R$ 141.890
- Creta Limited Safety 1.0 Turbo AT – R$ 156.490
- Creta Platinum Safety 1.0 Turbo AT – R$ 172.690
- Creta N Line 1.0 Turbo AT – R$ 182.090
- Creta Ultimate 2.0 AT – R$ 187.890
A linha do Fastback 2025 também começa perto dos R$ 120 mil, mas a diferença é que a configuração de entrada usa o mesmo motor 1.0 turbo das intermediárias Audace e Impetus. Por falar nelas, o preço sobe bastante e fica entre R$ 149 mil e R$ 159 mil.
As outras opções do italiano trocam esse propulsor pelo 1.3 turbo, usado amplamente pela Fiat e outras marcas do grupo Stellantis.
A mais barata com esse conjunto é a Limited Edition, por R$ 163 mil, enquanto a esportiva Abarth custa um pouco mais e chega perto dos R$ 166 mil.
Veja os preços do Fastback 2025:
- Fastback 1.0 Turbo CVT – R$ 119.990
- Fastback Audace 1.0 Turbo CVT – R$ 148.990
- Fastback Impetus 1.0 Turbo CVT – R$ 158.990
- Fastback Limited Edition 1.3 Turbo AT – R$ 162.990
- Fastback Abarth 1.3 Turbo AT – R$ 165.990
VENCEDOR: Fastback.
Qual é mais equipado?
Quando olhamos o nível de equipamento desses modelos, vemos uma vantagem no lado da Fiat: mais conforto e segurança custando o mesmo que seu rival, que é de geração passada.
Estamos falando da briga entre Creta Action e Fastback Turbo 200, ambos custando R$ 119.990.
O italiano é o único com rodas aro 17, airbags laterais, câmera de ré, faróis de LED, sensores de estacionamento, A/C automático, paddle-shifts, apoio de braço dianteiro, start/stop, freio eletrônico com Auto Hold e espelhamento do celular.
Já o Creta traz apenas faróis de neblina, volante com ajuste de profundidade e faróis com acendimento automático como itens exclusivos. Nesse valor, optar pelo Fastback acaba sendo uma escolha quase óbvia.
Para equilibrar a disputa, também podemos comparar Creta Limited Safety (R$ 156.490) e Fastback Impetus (R$ 158.990), ambos com valores parecidos e trazendo o que existe de melhor em suas gerações atuais.
O Fiat larga na frente com rodas aro 18, sensores dianteiros, retrovisor fotocrômico, sensor de chuva e bancos de couro, além de ser o único com faróis de LED e freio de estacionamento elétrico com Auto Hold.
O modelo da Hyundai responde com airbags de cortina (totalizando 6 bolsas), faróis com regulagem de altura, indicador de fadiga e assistente de centralização em faixa, mostrando a diferença entre suas gerações.
Uma última briga, mas agora com preços um pouco diferentes, seria entre Creta Platinum Safety (R$ 172.690) e Fastback Abarth (R$ 165.990).
Vale destacar que aqui temos o Fiat mais caro, e ele ainda custa bem menos que seu rival intermediário.
Além dos itens citados anteriormente, o Creta traz câmera 360º, alerta de ponto cego, teto panorâmico e banco do motorista com ventilação.
Do outro lado, o rival esportivo vem com rebatimento elétrico dos retrovisores, Wi-Fi e um visual bem mais chamativo, além do motor que entrega mais potência.
VENCEDOR: Empate.
O Fastback é mais eficiente
O Creta começa sua gama com a versão Action, a única com motor 1.6 de 130 cv e 16,5 kgfm, aliado ao câmbio automático de 6 marchas. Ele leva 12 segundos para chegar aos 100 km/h e atinge 172 km/h de máxima.
A maioria das versões vem com o conhecido 1.0 turbo de 120 cv e 17,5 kgfm, também com transmissão automática de 6 velocidades. Seu 0 a 100 km/h é feito em 11,5 segundos, com máxima de 180 km/h.
O melhor desempenho vem na versão topo de linha, com motor 2.0 aspirado de 167 cv e 20,6 kgfm (com o mesmo câmbio acima). São 9,3 segundos até atingir 100 km/h e velocidade máxima de 190 km/h.
Tudo isso acaba não sendo páreo para o Fastback, que começa com o motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm, com câmbio CVT de 7 marchas simuladas. Com esse conjunto, o italiano vai de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos e tem máxima de 196 km/h.
As versões mais caras usam o 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm, com câmbio automático de 6 marchas e força de sobra para esse modelo.
A versão Limited leva 8,1 segundos até os 100 km/h e atinge 210 km/h, enquanto a Abarth faz o mesmo em 7,6 segundos e alcança 220 km/h.
No consumo, o Fastback também se deu melhor, graças à sua versão 1.0 turbo. Ela conseguiu as melhores marcas em todas as medições, sendo igualada apenas na cidade (com gasolina) pelo Creta 1.0 turbo.
Do outro lado, a versão de entrada do Hyundai, que usa o motor 1.6, foi a que mais gastou na cidade e na estrada, marcando apenas 8,1 km/l com etanol no trecho rodoviário.
Consumo | Creta 1.6 | Creta 1.0 Turbo | Creta 2.0 | Fastback 1.0 Turbo | Fastback Limited | Fastback Abarth |
Cidade – etanol | 7,1 | 8,3 | 7,7 | 8,4 | 7,8 | 7,2 |
Cidade – gasolina | 9,7 | 11,9 | 11,1 | 11,9 | 11,4 | 10,3 |
Estrada – etanol | 8,1 | 9,1 | 8,8 | 10,2 | 9,7 | 9,3 |
Estrada – gasolina | 12,1 | 12,6 | 12,4 | 14,6 | 13,7 | 13,1 |
VENCEDOR: Fastback.
Espaço interno ou porta-malas gigante?
Para compararmos o espaço interno nessa disputa, vamos usar a geração atual do Creta, que ficou um pouco maior que o modelo anterior. O único detalhe negativo é o porta-malas, que tem 9 litros a menos.
As medidas mostram que o Fastback é maior no comprimento (4,42 x 4,30), mas o Creta é mais generoso na altura (1,63 x 1,54), na largura (1,79 x 1,77) e no entre-eixos (2,61 x 2,53).
Isso deixa claro que os ocupantes do Hyundai terão um pouco mais de espaço para as pernas, além de contarem com mais proteção, pois o modelo é o único nesse comparativo com airbags de cortina.
Ambos oferecem saídas de ar-condicionado e entrada USB.
No porta-malas, o Fastback dá o troco com seus 516 litros, suficientes para ganhar de quase qualquer outro concorrente do segmento.
No Creta, são 422 litros na nova geração e 431 litros no modelo anterior, que ainda é vendido.
VENCEDOR: Empate.
A Hyundai cobra menos nas revisões
O Creta oferece 5 anos de garantia em todas as suas versões, enquanto o Fastback tem apenas 3 anos de cobertura. Além disso, a Hyundai consegue oferecer um pacote mais barato para seus proprietários.
Levando em conta o período até os 60.000 km, o SUV sul-coreano exige entre R$ 4,2 mil e R$ 4,8 mil, dependendo da versão. Enquanto isso, o italiano cobra entre R$ 4,9 mil e R$ 5,7 mil no mesmo período.
Lembrando que ambos pedem revisões a cada 10.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro.
Revisões | Creta 1.6 | Creta 1.0 Turbo | Creta 2.0 | Fastback 1.0 Turbo | Fastback 1.3 Turbo |
10.000 km | R$ 362,83 | R$ 367,32 | R$ 436,09 | R$ 668,00 | R$ 760,00 |
20.000 km | R$ 759,79 | R$ 764,28 | R$ 833,05 | R$ 684,00 | R$ 880,00 |
30.000 km | R$ 683,66 | R$ 688,15 | R$ 756,92 | R$ 772,00 | R$ 760,00 |
40.000 km | R$ 952,53 | R$ 1.012,39 | R$ 1.045,51 | R$ 868,00 | R$ 1.080,00 |
50.000 km | R$ 648,01 | R$ 652,50 | R$ 721,27 | R$ 696,00 | R$ 792,00 |
60.000 km | R$ 831,09 | R$ 1.300,05 | R$ 904,35 | R$ 1.204,00 | R$ 1.452,00 |
TOTAL | R$ 4.237,91 | R$ 4.784,69 | R$ 4.697,19 | R$ 4.892,00 | R$ 5.724,00 |
VENCEDOR: Creta.
Quase líder
Olhando para as vendas de janeiro a julho de 2024, o Creta se mantém na briga pelo topo do segmento.
Até aqui, ele já acumulou 37.812 unidades, assegurando a 2ª posição entre os SUVs e alcançando uma participação de 7,67% nessa concorrida parcela do mercado.
O Fastback, por sua vez, aparece apenas na 8ª colocação, acumulando 27.384 emplacamentos e 5,55% de participação. Em julho, quando tivemos uma alta nas vendas, o modelo da Fiat vendeu 5,6 mil unidades, enquanto o rival chegou a quase 7,3 mil vendas.
O cenário no segundo semestre parece bastante promissor para a Hyundai, pois a liderança atualmente é do T-Cross, que tem 39.703 emplacamentos.
Enquanto isso, o Fastback deve brigar pela 6ª posição, onde atualmente aparece seu primo Renegade.
VENCEDOR: Creta.
Conclusão
A disputa foi bem acirrada nesse comparativo e será a preferência de cada consumidor que vai definir quem é melhor. De um lado, o Creta é mais barato de manter e vende mais, enquanto o Fastback custa menos e oferece conjuntos mecânicos mais eficientes.
O desempate pode vir justamente nos quesitos onde esses SUVs se igualaram.
No nível de equipamentos, por exemplo, o italiano é mais vantajoso nas versões de entrada, enquanto o Creta fica mais equipado se você puder gastar mais.
Além disso, você pode optar entre o espaço interno mais generoso do Hyundai ou o porta-malas maior do Fiat, pontos importantes para a maioria dos compradores desse segmento.
Fichas técnicas
Creta |
Fastback |
|
Preço | R$ 119.990 a R$ 187.890 | R$ 119.990 a R$ 165.990 |
Motor | 1.6, 1.0 turbo ou 2.0 | 1.0 turbo ou 1.3 turbo |
Potência e torque | 1.6 – 130 cv e 16,5 kgfm | 1.0 turbo – 130 cv e 20,4 kgfm |
1.0 turbo – 120 cv e 17,5 kgfm | ||
2.0 – 167 cv e 20,6 kgfm | 1.3 turbo – 185 cv e 27,5 kgfm | |
Câmbio | Automático de 6 marchas | CVT ou AT6 |
Aceleração e velocidade máxima | 1.6 – 12s e 172 km/h | 1.0T – 9,4s e 193/196 km/h |
1.0T – 11,5s e 180 km/h | ||
2.0 – 9,3s e 190 km/h | 1.3T – 8,1/7,6s e 210/220 km/h | |
Consumo cidade | 1.6 – 7,1 km/l (E) e 9,7 km/l (G) | 1.0T – 8,4 km/l (E) e 11,9 km/l (G) |
1.0T – 8,3 km/l (E) e 11,9 km/l (G) | ||
2.0 – 7,7 km/l (E) e 11,1 km/l (G) | 1.3T – 7,8 km/l (E) e 11,4 km/l (G) | |
Consumo estrada | 1.6 – 8,1 km/l (E) e 12,1 km/l (G) | 1.0T – 10,2 km/l (E) e 14,6 km/l (G) |
1.0T – 9,1 km/l (E) e 12,6 km/l (G) | ||
2.0 – 8,8 km/l (E) e 12,4 km/l (G) | 1.3T – 9,7 km/l (E) e 13,7 km/l (G) | |
Rodas e pneus | 205/65 R16, 215/60 R17 ou 215/55 R18 | 205/50 R17 e 215/45 R18 |
Medidas | 1.6 – comprimento, 4,29 m; altura, 1,63 m; largura, 1,78 m; entre-eixos, 2,59 m | comprimento, 4,42 m; altura, 1,54 m; largura, 1,77 m; entre-eixos, 2,53 m |
1.0T e 2.0 – comprimento, 4,30 m; altura, 1,63 m; largura, 1,79 m; entre-eixos, 2,61 m | ||
Tanque | 55 litros (1.6) ou 50 litros (1.0T e 2.0) | 47 litros |
Porta-malas | 431 litros (1.6) ou 422 litros (1.0T e 2.0) | 516 litros |
Peso | 1.6 – 1.359 kg | 1.253 kg a 1.304 kg |
1.0T e 2.0 – 1.270 kg a 1.359 kg |
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