IPI Verde e Carro Sustentável tem pontos positivos na visão de especialistas do setor automotivo

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O Programa Mover está seguindo seu curso no setor automotivo nacional e com ele os programas do IPI Verde e Carro Sustentável, que já deram seus primeiros frutos com reduções de preços em campanhas, assim como ajustes técnicos em alguns carros, apesar do corte de potência verificado.

Seja como for, os primeiros movimentos do governo federal no sentido de aumentar a sustentabilidade do produto nacional e ampliar a produção com vendas mais volumosas e exportações consideráveis estão agradando ao setor e especialistas já apontam pontos positivos na proposta.

Embora ainda demore 90 dias para que as alíquotas reajustadas para cima e para baixo comecem a valer, os efeitos do Decreto 12.549 de 10 de julho de 2025 tiveram efeito quase imediato, poucas horas após a assinatura e ainda devem mudar muito o mercado nos próximos três meses.

No setor, especialistas demonstram otimismo, como Alfonso Abrami, sócio da Consultoria Pieracciani, especializada em P&D e inovação, que afirmou à revista Auto Data : “A primeira impressão é a de que atendeu plenamente aos anseios da indústria, em linha com que já vinha sendo indicado pelo governo”.

Abrami completou: “O consumidor ganha por ter redução nos preços, o que propiciará seu acesso a veículos mais sustentáveis, mas isto ajudará a indústria a se planejar para o futuro”.

Para Ricardo Roa, sócio líder do setor automotivo da KPMG, os aspectos técnicos do programa se alinharam com os do Mover. Ele disse: “A ideia prioritária do governo é reduzir a utilização de combustíveis fósseis e privilegiar nossa matriz energética e melhorias de utilização de veículos mais sustentáveis. Então, quem combinar melhor os fatores, conseguirá reduzir a zero o IPI.”

Com os novos preços oscilando entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, Abrami assinalou: “Nos últimos tempos, veículos desta faixa de preços estavam sendo mais demandados pela venda direta. Pode, inclusive, haver migração de quem até então optava pelo carro usado. O reflexo só não será maior por causa da dificuldade de acesso ao financiamento”.

Já sobre os híbridos , Roa comentou: “Boa parte dos elétricos é bem potente. E, quanto menos potente, mais benéfico é para a redução do IPI, que é a proposta do carro popular. Veículos a gasolina e diesel terão prejuízos, porque a alíquota será maior”.

“Quem quiser ter os carros mais potentes continuará tendo, mas não é a política que o governo busca influenciar, pois defende a iniciativa de troca de frota para opções mais sustentáveis”, finalizou.



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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X