A Itália planeja cortar nada menos que € 4,6 bilhões ou US$ 5 bilhões de um fundo nacional de apoio ao setor automotivo no país, que vem travando uma guerra com a indústria para alcançar números maiores de produção.
O anúncio foi feito pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que recebeu críticas generalizadas sobre o corte de verba, que seria disponibilizada entre 2025 e 2030, segundo a Reuters.
Políticas divergentes sobre incentivos aos carros elétricos acabaram ajudando na desaceleração das vendas e no meio da primeira crise do automóvel a bateria, onde a Volkswagen está mostrando como as coisas podem ser ruins, Meloni fechou a torneira.
Com a Stellantis tendo que mudar seus planos, assim como as demais, na grande freada dos carros elétricos, a Itália agora torna as coisas um pouco piores para o grupo, que tem no país uma de suas três principais casas.
Gianmarco Giorda, diretor da ANFIA (Associazione Nazionale Filiera Industria Automobilistica), a “Anfavea” dos italianos, alertou: “Com tantos problemas em andamento, incluindo a transição para a eletrificação, a fraca demanda do mercado na Europa e o declínio da produção na Itália, isso não está dando suporte à confiança.
Giorda enfatizou: “É uma surpresa inaceitável que contradiz flagrantemente o importante trabalho que o governo está fazendo na Europa em favor do setor para melhorar a regulamentação”.
O fundo de apoio à indústria automotiva italiana havia recebido € 8,7 bilhões em 2022, no governo anterior de Mario Draghi, mas com o que já foi gasto, agora sobrará apenas € 1,2 bilhão com o corte de Meloni.
Nos planos do governo, € 2,4 bilhões serão cortados entre 2028 e 2030, com o texto como projeto de lei, a ser votado ainda nas duas câmaras do parlamento italiano até dezembro.
Se aprovado, a Stellantis e outras montadoras instaladas na Itália terão mais dificuldade em ampliar a produção local e, consequentemente, as vendas no mercado interno. Pelo que se vê, Meloni perdeu a paciência com o setor.
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