
Num movimento importante, o grupo indiano Tata Motors compra o grupo italiano Iveco, que até então pertencia à família Agnelli, fundadora da Fiat.
Orçado em € 3,8 bilhões de euros, o negócio envolve a venda de 27% das ações ordinárias e 43% dos direitos de voto da Iveco, que pertenciam à empresa Exor, da famosa família italiana, liderada por John Elkann, atualmente presidente da Stellantis.

Segundo os números, a fusão das operações da Tata e da Iveco somará € 22 bilhões e vendas anuais de cerca de 540 mil veículos, tendo representação comercial na Europa (50%), Índia (35%) e Américas (15%), além de presença na China.
O negócio ainda precisa ser aprovado por autoridades regulatórias e depende também da conclusão da venda ou cisão da divisão de defesa da Iveco, a IDV, prevista para até 31 de março de 2026.
A finalização da compra deve ocorrer no segundo trimestre de 2026 e, quando isso ocorrer, a Iveco será retirada da Bolsa de Milão, convertendo-se assim numa subsidiária da Tata Motors.
Com presença forte na Europa e mais discreta no Brasil, a Iveco aqui produz vans como o Daily, que emplaca bem no país, além de caminhões leves, médios e pesados, como o conhecido S-Way.

A italiana, com sua fábrica em Sete Lagoas, no norte de Minas Gerais, também produz chassis de ônibus para uso rodoviário e urbano, bem como tem ainda a IDV no mesmo complexo industrial, onde produz o blindado Guarani para o Exército Brasileiro.
Nos EUA, a Iveco é parceira da Nikola em veículos pesados com hidrogênio, atuando ainda fortemente no mercado europeu com sua linha de produtos semelhante ao que disponibiliza por aqui.

Com a aquisição, a Tata Motors se fortalece e dispõe plenamente da tecnologia da Iveco, podendo assim avançar com sua própria linha de comerciais no mercado indiano.
Sobre a IDV, se a mesma for também vendida à Tata, a Índia pode beneficiar-se da experiência da divisão de defesa para atuação no cenário militar local.

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